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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Após várias panes, Estado vai investir 6% a mais em trens


Proposta Orçamentária prevê R$ 2,9 bilhões para a CPTM; Linha 9, onde os problemas são mais frequentes, receberá a maior fatia
SÃO PAULO - Após registrar mais de 20 grandes panes na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ao longo deste ano e anunciar um grande programa de modernização, o governo do Estado apresentou ontem a Proposta Orçamentária de 2013 com aumento de 6% em investimentos nos trens. A previsão é de que sejam gastos R$ 2,9 bilhões nos trens no ano que vem. A Proposta Orçamentária de 2013 foi apresentada nesta terça-feira, 2, e precisa ser aprovada pela Assembleia Legislativa, onde pode sofrer mudanças.
No caso da CPTM, a linha que mais terá aumento nos investimentos será a 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú, que passa pela Marginal do Pinheiros). O crescimento é de 40% em relação a este ano, passando de R$ 72 milhões para R$ 101 milhões. É justamente a linha que mais apresentou problemas (veja abaixo). Fora os recursos para modernização, há também previsão de R$ 71,5 milhões para prolongar o ramal até Varginha, no extremo sul da cidade, com mais três estações.
Por outro lado, a Linha 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), que também registra panes frequentes, terá o ritmo de investimentos reduzido a mais da metade no ano que vem. A proposta prevê R$ 127 milhões em gastos, contra R$ 243 milhões neste ano.
Além desses gastos, que estão sendo usados para troca de sistemas elétricos e melhoria das vias, há previsão de investimento de R$ 1,1 bilhão para a compra de trens. O governo do Estado tem uma licitação em andamento que pretende comprar mais 65 trens para a CPTM, em um processo que só deve terminar no fim dessa gestão.
Metrô. No total, os recursos para o transporte público da Região Metropolitana de São Paulo devem crescer 20% - de R$ 6 bilhões no ano passado para R$ 7,2 bilhões. Mas o Metrô vai ter menos dinheiro para melhorar a rede. O orçamento aprovado para 2012 previu R$ 4,9 bilhões. A proposta para 2013 é de R$ 4,84 bilhões (queda de 1,2%, sem correção da inflação).
O governo do Estado argumenta que o gasto global dos transportes está aumentando e garante que as três novas linhas previstas para o ano que vem - 6-Laranja (entre o centro e Brasilândia), 18-Bronze (monotrilho para o ABC) e o prolongamento da Linha 2-Verde (da Vila Prudente à Rodovia Presidente Dutra) vão ocorrer.
Os investimentos para o transporte individual rodoviário vão consumir quase tanto quanto o Metrô. A previsão é de R$ 4,6 bilhões. Os principais recursos vão para o Trecho Norte do Rodoanel e a Rodovia dos Tamoios.
Fonte: O Estado de S.Paulo

Um comentário:

  1. As duas principais *bitolas existentes no Brasil, sendo as de 1,0m (métrica), e 1,6m (larga), são as predominantes, e a de 1,6m é a preferencial, superior em 165mm do que em relação a proposta pelo edital, proporciona superior estabilidade, podendo utilizar-se de dois andares, velocidade e capacidade de carga, além de interpenetração em pátios de manobra, oficinas, lavagens, garagens, estações entre outras inumeráveis existentes, não se explicando qual é o critério, e a quem interessa esta mudança !?

    Nos debates sobre as dificuldades e problemas de desenvolvimento do sistema ferroviário nacional, a existência de duas *bitolas é
    considerável aceitável,porém esta proposta de se implantar uma terceira só agrava ainda mais a questão, contrariando a lógica, demonstrando uma insensatez técnica e falta de noções elementares de logística, representando um duro golpe na proposta de padronização em 1,6m perseguidas a décadas, passando o Brasil a ser o único país a possuir três bitolas regulamentadas, repetindo os erros do passado quando não se tinham parâmetros de tecnologia, além de desprezo aos esforços de unificação da *bitola, lembrando que 100% deste trecho paralelo proposto para o TAV, Campinas-São Paulo-Rio inclusive os metros, trens suburbanos e cargueiros já são em 1,6 m (bitola larga), conjunto este responsável por mais de 97% do transporte de milhões de passageiros diários sobre trilhos.

    Algumas importantíssimas informações foram omitidas pelo consorcio encarregado do detalhamento do TAV:

    1ª É a de que na maioria dos locais aonde existem os TAV's as composições utilizam as mesmas estações ( integração ) com os trens suburbanos, alem de suas próprias, algo que se tornaria impossível com a implantação deste projeto, podendo em alguns locais utilizar-se da **litorina para serviços regionais .

    2ª Ignorar os 6.385 km de linhas em 1,6 m, sendo a maioria localizada nas regiões mais desenvolvidas do Brasil, inclusive são nesta bitola os trens suburbanos e metro existentes nas principais capitais e cidades brasileiras como São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, e Curitiba (em projeto) e 100% do percurso paralelo Rio São Paulo Campinas, com ~513 km que corresponde a ~ 8 % do total existente.

    3ª O custo de se utilizar o TMV em 1,6 m é praticamente o mesmo, pois o que muda é o truque, pois o vagão e o gabarito dos túneis é o mesmo, segundo tabela de valores informados em publicações especializadas como a www.marcusquintela.com.br, entre outras ( Sendo consideravelmente menor, considerando a economia com a racionalização de sobressalentes, ativos e composições reservas, além de integrações de materiais rodantes existentes).

    4ª Regulamentar uma 3ª bitola no Brasil ignorando os custos com sobressalentes e ativos e sua dimensão continental, indo na contramão da racionalidade e do bom senso, sepultando de vez o sonho da uniformização em 1,6m para trens de passageiros, que já esta implantada nas maiores capitais e cidades brasileiras, e que de difícil, se tornaria impossível, um custo altíssimo por uma tecnologia obsoleta, será uma patente demonstração de que não se aprendeu nada com os erros históricos do passado, em pleno século XXI.

    5ª Na maioria dos países do mundo, os trens do metro e suburbanos assim como o projeto do TAV, só circulam regionalmente, expl.: Metro do Rio, Metro de S. Paulo, Metro de Londres, portanto não existe razão defensável, que justifique a utilização de bitola dupla, que passara a ser quádrupla desintegração, com a falta de intercambiabilidade entre 1º trens suburbanos, 2º metro 1,6m, 3º metro 1,435m e 4º o futuro monotrilho, como está para ocorrer em S Paulo.

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