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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Após concessão, Viracopos atrai novos interessados


Início de gestão da nova concessionária do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), já desperta interesse de empresas interessadas em sua expansão
SP | Valor Economico
O início de gestão da nova concessionária do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), já está despertando o interesse de empresas interessadas em sua expansão. Depois de representantes de companhias aéreas como American Airlines e Emirates se reunirem com executivos da nova administração, a gigante logística de origem alemã Deutsche Post DHL manifestou interesse em atuar no terminal.
 
A DHL vai solicitar à Receita Federal brasileira uma área para gerir importação e exportação de cargas dentro do aeroporto. A concessionária e a própria Infraero já deram sinal verde para que a empresa continue o trâmite burocrático para obter a liberação das autoridades.
 
O interesse da DHL e de outras companhias é aproveitar a expansão do aeroporto - o que será decorrente das obrigações de investimentos impostas pelo governo ao passar a administração do terminal a uma sociedade controlada pela iniciativa privada.
 
Concessionária mantém conversas com América Latina Logística para integração ferroviária com o aeroporto de SP
 
Os investimentos para a expansão do aeroporto somam R$ 1,5 bilhão até 2014, sendo que o principal empreendimento será um novo terminal com capacidade para 14 milhões de passageiros e com "fingers" para 28 aeronaves.
 
Hoje, o aeroporto opera voos de apenas seis empresas: Azul, Gol, Puna, TAM, Trip e TAP. Em reunião com executivos de companhias internacionais, há duas semanas, compareceram representantes da Iata (International Air Transport Association, que representa as companhias), além de Emirates, American Airlines, KLM, TAP, TAM, Gol e a cargueira ABSA Cargo (do grupo chileno LAN, em processo de fusão com a brasileira TAM). O objetivo da reunião era apresentar o plano de investimentos no terminal. Em conversas após o encontro, os executivos disseram que o programa de expansão era realista e "pé no chão".
 
A oportunidade em que essas companhias estão de olho pode ser traduzida em números: segundo Luiz Alberto Küster, presidente da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, a previsão é que o aeroporto tenha uma expansão superior a oito vezes no número de passageiros ao longo da concessão (30 anos). Hoje, a movimentação no terminal não chega a 10 milhões de passageiros ao ano. A estimativa é que movimente 85 milhões anualmente. Para isso, a concessionária se prepara para investir R$ 8 bilhões em cinco fases até 2042.
 
Paralelamente ao aumento do fluxo de passageiros, a concessionária se prepara para aumentar substancialmente o volume de movimentação de cargas. Ao final da concessão, o aeroporto deve movimentar anualmente 1,5 milhão de toneladas, incluindo importação e exportação. Hoje, esse número é de apenas 266 mil toneladas.
 
Para que essa expansão se sustente, os executivos dizem ser necessária uma integração multimodal no aeroporto. Segundo Küster, já há conversas entre a concessionária de Viracopos e a América Latina Logística (ALL) para integrar as operações de carga da ferrovia, que passa junto aos limites do terreno, às do aeroporto. "Já estamos em contato com a ALL trabalhando o desenho de uma linha de cargas que faça um anel [ferroviário] de 7 km [nos arredores do terreno]", diz. O aeroporto tem hoje 35% da receita bruta oriunda com a operação de cargas, como armazenagem e capatazia.
 
Além disso, Küster reafirma o interesse da concessionária para a existência de um trem de passageiros entre São Paulo e Campinas. Hoje, há duas possibilidades estudadas pelo poder público: o trem de alta velocidade (TAV), em estudo pelo governo federal, e um trem de velocidade média, encabeçado pelo governo do Estado de São Paulo. "Estão sendo feitos estudos de demanda, mas o fato é que teremos um trem de passageiros de pelo menos 120 quilômetros por hora [entre São Paulo e Campinas]", diz Küster. "É essencial para que Viracopos se consolide como o maior terminal aeroviário do Brasil e da América Latina", completou.
 
Os trabalhos no aeroporto já iniciaram. Além de um novo estacionamento para caminhões, com obras de terraplenagem em andamento, a companhia deve iniciar nos próximos dias as escavações e a construção das fundações do novo terminal. Foi emitida na semana passada pelo governo paulista a licença de instalação do empreendimento. "Temos 20 meses para entregar. É possível e viável", diz Küster.
 
Também haverá um edifício garagem com 4,5 mil vagas de estacionamento. Por fim, haverá reforma para ampliação das pistas de taxiamento de aeronaves. O objetivo é ampliar a área de embarque em 142%, para 5,8 mil metros quadrados.
 
A Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos é composta pelo consórcio vencedor do aeroporto, em leilão ocorrido em fevereiro: Triunfo Participações e Investimentos (45%), UTC Participações (45%) e Egis (10%). Esse consórcio tem 51% da sociedade concessionária. A Infraero, minoritária, tem os 49% restantes. Durante seis meses, a gestão será compartilhada entre estatal e entes privados.

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