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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A cada dia, um ciclista morre em SP vítima de acidente de trânsito

(do Portal Terra)

Um levantamento realizado pela Secretaria da Saúde de São Paulo revela que nove ciclistas são internados diariamente em hospitais públicos do Estado, vítimas de acidentes de trânsito. E desses nove, pelo menos um deles acaba morrendo.


"Muitas vezes os ciclistas são atingidos por automóveis ou mesmo por ônibus, o que torna comum a ocorrência de politraumatismo", explica Jorge dos Santos Silva, chefe do setor de trauma ortopédico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o médico, as lesões mais frequentes são os traumatismos cranianos e da coluna vertebral, além das fraturas da bacia, dos ossos do antebraço, do fêmur e da tíbia.

Em 2011 foram 3,4 mil pessoas internadas, gerando um custo de R$ 3,25 milhões ao Sistema Único de Saúde para tratar esses pacientes.

CUT protesta em São Paulo contra falta de investimento em transporte público

Do Portal Rede Brasil Atual

Sindicalistas ligados à CUT de São Paulo protestam na sexta-feira (29) contra o descaso e a falta de investimentos do governo estadual em mobilidade urbana. A concentração será no vão do Masp, na Avenida Paulista, a partir das 10h. Em seguida, os trabalhadores caminham até o centro da capital paulista.
"A paciência dos trabalhadores e trabalhadoras já se esgotou", afirmou o presidente da CUT paulista, Adi dos Santos Lima, em nota. "Está passando da hora de haver uma reação por parte da população." Segundo Adi, em todo o estado os trabalhadores enfrentam serviços de transporte de má qualidade e altas tarifas.
 
"Os trabalhadores e trabalhadoras, que perdem longas horas em ônibus, trens do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), têm sofrido impacto direto tanto pela má qualidade do serviço, quanto pelos custos da tarifa", afirmaa CUT.
Segundo a instância paulista da central, as panes no metrô e nos trens refletem a falta de investimentos e de prioridade ao transporte público. Nos últimos cinco anos, a CUT lista a ocorrência de 99 panes no Metrô. Nos trens da CPTM, foram 124 falhas até maio deste ano. No período entre 1999 e 2011, levantamento da central aponta que o governo estadual deixou de investir R$ 10,34 bilhões, quase metade do valor previsto para o período – R$ 22,85 bilhões.

Outro problema é a expansão lenta do modal metro-ferroviário no estado de São Paulo. Desde 1995, foram construídos 1,93 quilômetros por ano. "Aumento insuficiente para os mais de 4 milhões de passageiros transportados diariamente", citou a nota da CUT. Os sindicalistas também chamam atenção para o mau uso do dinheiro público. Em São Paulo, o custo do quilômetro de metrô construído chega a R$ 400 milhões, ante os US$ 42 milhões - cerca de R$ 85 milhões -, investidos para realização do mesmo trecho em Madri, na Espanha.

Quanto aos ônibus, a crítica diz respeito ao valor das tarifas e a má qualidade do serviço prestado. "Nos ônibus, o alto valor das tarifas pesa no bolso dos trabalhadores e trabalhadoras, que pagam por um serviço de má qualidade não só na capital, mas em todo o estado. Entre as capitais brasileiras, São Paulo é a que tem a tarifa mais cara, a R$ 3."

quarta-feira, 27 de junho de 2012

CPTM registra sete atropelamentos em seis meses

Desde novembro de 2011, sete pessoas que trabalhavam para a CPTM foram atingidas por trens no sistema (do jornal O Estado de S.Paulo)

O total de pessoas em serviço mortas nas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) chegou a sete em um período de apenas seis meses. O caso mais recente é de um funcionário terceirizado que morreu atropelado por uma composição no último dia 23 de maio. A ocorrência veio à tona mais de um mês depois, com uma denúncia do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias em Transporte de Passageiros da Zona Sorocabana (Sinferp).

O ajudante Michel Barbosa Ferreira da Silva, de 20 anos, trabalhava em uma obra de revestimento de um bueiro na Linha 7-Rubi (Luz-Francisco Morato), no trecho entre as estações Baltazar Fidélis e Francisco Morato. Ele era contratado do consórcio ICS, formado pelas empresas Iesa, Consbem e Serveng, responsável pela intervenção. Por volta das 14h45 daquele dia, Silva foi atingido por um trem que seguia no sentido Francisco Morato.
A CPTM alega que o funcionário "desrespeitou as normas de segurança", atravessou a área delimitada de serviço sem avisar o centro de controle e entrou na via férrea. Segundo a empresa, o local no qual ele estava trabalhando ficava a cerca de 20 metros dos trilhos. O sindicato, por sua vez, afirma que "mais uma vez faltou fiscalização por parte da CPTM". O consórcio ICS afirma que a responsável por supervisionar esse tipo de trabalho é a CPTM.
Questionada sobre o motivo de o acidente não ter sido divulgado, a CPTM informou apenas que o boletim de ocorrência policial do caso, registrado na Delegacia de Francisco Morato, "é público".

Desde novembro de 2011, outras seis pessoas que estavam trabalhando para a CPTM, algumas de forma terceirizada, morreram atropeladas por trens no sistema. Em 27 de novembro, uma composição na Linha 11-Coral (Luz-Estudantes) atingiu quatro técnicos que se deslocavam pela via, entre as estações Tatuapé e Brás. Três delas morreram. No dia 5 do mês seguinte, dois empregados que inspecionavam a via permanente foram atropelados e mortos por um trem na Linha 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), perto da Estação Barueri.

Em fevereiro, um segurança terceirizado morreu ao ser atropelado por um trem de carga da MRS Logística na região de Suzano, na Grande São Paulo. Houve outros casos de atropelamentos de pessoas que não trabalhavam na CPTM. Um homem, inclusive, morreu em março ao ser atingido por um trem em São Miguel Paulista.

Sobre o caso de Francisco Morato, a CPTM informou que uma sindicância foi aberta pelo consórcio ICS para investigar as causas do acidente. De acordo com o consórcio, a apuração revelou que "o funcionário afastou-se de sua frente de serviço" e entrou na via "sem autorização".

Mobilidade urbana será tema de debate em São Sebastião

Imprensa PT Alesp

O deputado do PT Marco Aurélio coordena no próximo dia 28, às 19h, na Câmara Municipal de São Sebastião (Praça Antonio Argino, 84, Centro), a audiência sobre “Mobilidade urbana e transportes públicos no Estado de São Paulo”, com a participação de especialistas no assunto.


Em São Sebastião, entre os assuntos discutidos estão a duplicação da rodovia dos Tamoios, com ênfase no contorno que liga Caraguatatuba a São Sebastião, e a ampliação do porto de São Sebastião.

Esta atividade faz parte do ciclo de debates sobre mobilidade urbana realizado no Estado São Paulo com o apoio da Liderança do PT. O primeiro ocorreu em 28/5, na Assembleia, e apresentou um diagnóstico realizado pela Bancada petista que aponta que não há prioridade do governo do Estado para a mobilidade urbana, além da incapacidade de planejamento, gestão e execução nas obras, principalmente do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

O levantamento mostra que entre 1997 e 2011, os seguidos governos do PSDB em São Paulo deixaram de repassar R$ 7,2 bilhões do Orçamento do Estado ao Metrô e entre 2003 e 2011, mais de R$ 1,1 bilhão para a CPTM.

terça-feira, 26 de junho de 2012

CUT/SP realizará ato pela mobilidade urbana em São Paulo

A CUT/SP realizará no próximo dia 29 (sexta-feira), a partir das 10h, um ato pela mobilidade urbana com o objetivo de alertar para o descaso e a falta de investimentos no transporte público em todo o estado de São Paulo, que tantos transtornos têm causado à população. A concentração será no MASP, na Avenida Paulista, e os manifestantes seguirão até a região central paulistana


Os trabalhadores e trabalhadoras, que perdem longas horas em ônibus, trens do metrô e da CPTM, têm sofrido impacto direto tanto pela má qualidade do serviço, quanto pelos custos da tarifa. “A paciência dos trabalhadores e trabalhadoras já se esgotou. Está passando da hora de haver uma reação por parte da população”, afirma Adi dos Santos Lima, presidente da CUT/SP.

De acordo com o dirigente, “não é de hoje que estamos falando do alto preço dos pedágios, da falta de qualidade dos transportes coletivos. Independente de ser ano eleitoral ou não, temos que fazer uma mobilização forte no estado, principalmente na região metropolitana”, ressaltou.

A mobilização terá participação das subsedes, federações e sindicatos filiados em todo o estado, além dos movimentos sociais e do apoio da bancada do Partido dos Trabalhadores em São Paulo.
Panes constantes, falta de investimentos e tarifas caras: é tudo o que se pode esperar?


No Metrô, 99 panes de 2007 até maio deste ano. E nos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), foram 124 panes de 2010 até maio passado. É este o resultado da falta de investimentos e de prioridade ao transporte público, sem contar os acidentes já ocorridos e a falta de segurança quem mantêm em risco os passageiros e funcionários.

Desde que assumiu o governo estadual em 1995, o PSDB construiu 1,93 km de metrô por ano (eram 43,4 km e somente 30,9 km foram construídos em 16 anos), aumento da rede insuficiente para os mais de 4 milhões de passageiros transportados diariamente.

Só no Metrô, o governo estadual deixou de investir R$ 10,34 bilhões entre 1999 e 2011, de um total de R$ 22,85 bilhões previstos. E quando investe, o governo estadual gasta mal o dinheiro público – o custo do quilômetro construído chega a R$ 400 milhões, enquanto em Madri, na Espanha, o mesmo trecho é construído por US$ 42 milhões (pouco mais de R$ 85 milhões – câmbio de 21/06).

Outro exemplo é a reforma de trens das Linhas 1 – Azul e 3-Vermelha do Metrô, onde os serviços têm custo final equivalente a 86% do valor de um trem novo. A “modernização” totaliza R$ 1,75 bilhão e, após denúncias, o Ministério Público de São Paulo informou que vai abrir inquérito para investigar os contratos.

Na CPTM, o quadro não é muito diferente porque entre 2003 e 2011 o governo estadual deixou de investir R$ 1,1 bilhão de um total de R$ 6,35 bilhões previstos. Os trens estão velhos, as estações abandonadas e a falta de segurança já provocaram três colisões com 54 feridos, além de um descarrilamento e cinco funcionários mortos.

Nos ônibus, o alto valor das tarifas pesa no bolso dos trabalhadores e trabalhadoras, que pagam por um serviço de má qualidade não só na capital, mas em todo o estado. Entre as capitais brasileiras, São Paulo é a que tem a tarifa mais cara, a R$ 3. E nas regiões metropolitanas os valores são ainda maiores, sem que exista sequer a integração com os trens do Metrô e da CPTM porque falta vontade política para ampliar a implantação do Bilhete Único.

Vale ressaltar que na capital são 6,5 milhões de passageiros transportados por ônibus (ou 10 milhões de viagens/dia útil com integração). E nas regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista, os ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) transportam em média 2,1 milhões de passageiros diariamente.

Pedágios subiram 168% acima da inflação

Mais um grave problema que pesa no bolso dos cidadãos são as centenas de pedágios espalhados por todo o estado que inviabilizam a locomoção pelas estradas. Em 14 anos, cerca de 20 empresas se tornaram concessionárias e assumiram nada menos que 5.315 km de estradas, segundo a Agência de Transporte do Estado (Artesp) e, em menos de duas décadas, o aumento dos pedágios foi de 168% acima da inflação – uma média de R$ 12,76 (a cada 100 Km).

Os valores abusivos prejudicam não só os motoristas de veículos de passeio, mas também tem grande impacto no custo final dos produtos transportados nas rodovias e nas tarifas dos ônibus. Com a privatização do serviço pelo governo estadual do PSDB, houve um salto no número de praças de pedágio: eram 40 em 1997 e, treze anos depois, foi para 227, uma média de criação de um novo posto a cada 40 dias durante o ano de 2010.

Os investimentos nas estradas são bem vindos e necessários, mas os custos não podem sair do boldo dos trabalhadores e trabalhadoras, que pagam mais caro o alimento, a passagem de ônibus e a viagem de carro.

Seminário Mobilidade Urbana: Guarulhos recebe o penúltimo debate sobre transporte público no Estado

A bancada do PT já promoveu sete das oito audiências do ciclo de debates sobre mobilidade urbana em São Paulo, que terá conclusão na próxima quinta-feira (28), na cidade de São Sebastião. (do Portal Linha Direta)



O penúltimo debate sobre o tema “Mobilidade Urbana na Capital e na Região Metropolitana de São Paulo: Diagnóstico, Desafios e Perspectivas” ocorreu na noite dessa segunda-feira (25), em Guarulhos.


A cidade que há tempos clama pelo transporte ferroviário; que tem o maior aeroporto da América Latina; que tem o oitavo maior PIB do país; e que não possui uma linha de Metrô que ligue a cidade com a capital vive das promessas dos governadores tucanos. Ontem ela foi a anfitriã do penúltimo debate sobre o tema.

O líder da bancada petista, deputado Alencar Santana Braga, abriu os trabalhos. O parlamentar, que tem como bandeira a defesa do transporte público, dedica parte de suas ações na Casa às denuncias e fiscalização do descaso por parte do Governo do Estado nesse setor.

Para Alencar, o ciclo tem como objetivo expor as problemáticas do transporte público e propor alternativas para a mobilidade urbana do Estado. “Metrô super lotado, trens da CPTM em panes, acidentes nas linhas são algumas das problemáticas que o trabalhador está vivenciando diariamente no transporte de São Paulo. Um descaso do Governo do Estado que não planeja e menos ainda executa”, ressaltou o deputado.

O prefeito de Guarulhos Sebastião Almeida participou do debate e afirmou que a discussão é de extrema importância. “O Metrô de São Paulo carece de mais discussões como essa, a exemplo Guarulhos, cidade tão grande e que não possui linha de Metrô nem trem. Não existe cidade no mundo, que tenha um aeroporto com o porte do nosso e que não seja ligado com o Metrô”, disse o prefeito.

“Avançamos com o Bilhete Único na cidade e agora queremos o Bilhete Único Metropolitano, nosso sistema está pronto para essa integração, o que falta é vontade política e competência do Governo do Estado”, completou.

O deputado estadual João Antônio coordenou a mesa durante a atividade e afirmou que os problemas de grandes metrópoles como São Paulo devem ter soluções articulada, projetando o futuro numa região integrada.

O debate foi enriquecido pelas explanações em slides do deputado estadual Gerson Bittencourt e do deputado federal José de Filippi. Ambos trouxeram informações relevantes da real situação do transporte no Estado.

“Mais de seis anos de promessa e não existe nenhum movimento do governador para a integração metropolitana”, disse Bittencourt.

“Com essa política de descaso do PSDB, estamos longe de um projeto que satisfaça os paulistanos”, acrescentou Filippi.
O deputado federal Carlos Zarattini também participou da atividade e lembrou que o Metrô de São Paulo está parado. “Há quase 20 anos de PSDB em São Paulo e a média de crescimento do Metrô é de 2km por ano”, afirmou o deputado.
“A Região Metropolitana de São Paulo precisa recuperar toda a gestão perdida na área de transporte, com mais vontade e planejamento. Se o Governo do Estado fizesse a lição de casa, teríamos a mobilidade urbana bem melhor”, finalizou o líder Alencar Santana.

No total, já foram realizados cinco seminários nas regiões metropolitanas do Estado. O ciclo percorreu a região de Santos, Santo André, Sorocaba e Guarulhos, além da abertura que aconteceu na capital em 28 de maio. O último debate será nesta quinta-feira (28), em São Sebastião.

Pistas expressas da Via Dutra ganham faixa adicional entre SP e Guarulhos

Acesso à pista local ocorre a partir do km 209 e retorno somente após o pedágio de Arujá (do jornal O Estado de S.Paulo)

A partir de agora o motorista que estiver no sentido Ayrton Senna da Marginal do Tietê e pretende chegar à Rodovia Hélio Smidt - que leva até o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos - e às vias internas da cidade de Guarulhos deve se manter na pista local da Marginal já nas proximidades da Avenida Salim Farah Maluf, região do Tatuapé, na zona leste, para entrar diretamente na pista local da Rodovia Presidente Dutra, pois a pista expressa não terá mais acesso à via local antes do quilômetro 209.


Caso contrário, o veículo que estiver na pista expressa da Marginal irá cair na expressa da Rodovia Presidente Dutra e será obrigado a trafegar por ela desde o quilômetro 230, no início, na região da Vila Maria, zona norte, até o quilômetro 209, onde há o primeiro acesso à pista local da rodovia, porém já depois do trevo de Bonsucesso, o que permitirá o usuário da rodovia fazer o retorno somente após o pedágio de Arujá, localizado no quilômetro 204 e cujo valor é de R$ 2,30 (para veículos de passeio).

Esse cuidado deve ser tomado pelos motoristas pois, desde as 17 horas desta segunda-feira, 25, a concessionária NovaDutra liberou a faixa adicional em cada sentido da rodovia, somente nas pistas expressas, ampliando-as, justamente para melhorar a fluidez do tráfego e beneficiar quem realiza viagens de longa distância, entre elas a que leva até a cidade do Rio de Janeiro. A faixa adicional no sentido Rio tem início no quilômetro 230, na capital paulista, e se estende até o quilômetro 211, em Guarulhos. Já no sentido São Paulo, a faixa adicional começa no quilômetro 215, em Guarulhos, e segue até a chegada à capital paulista, no quilômetro 230.

A concessionária NovaDutra informou que as placas de sinalização e orientação ao motorista foram colocadas na Marginal para evitar que o usuário que pretende utilizar a pista local da rodovia não acesse a via expressa da estrada e aí seja obrigado a seguir até Arujá, tendo que pagar o pedágio, para poder fazer o retorno e somente assim acessar a região interna de Guarulhos e a rodovia Hélio Smidt, que leva até o Aeroporto Internacional.

Viracopos projeta terminal para 14 milhões de usuários

Obra custará R$ 1,4 bilhão e está prevista para começar em outubro (do Correio Popular)

O novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Viracopos, que começará a ser construído em outubro, terá capacidade quase três vezes maior do que a exigência feita pelo governo na primeira etapa de obras prevista no contrato de concessão. A exigência é que tenha capacidade para 5,5 milhões de passageiros anuais, mas o concessionário Aeroportos Brasil decidiu construir um terminal para 14 milhões de passageiros, que exigirá investimentos de R$ 1,4 bilhão.


O diretor-presidente do consórcio Luiz Alberto Küster estará hoje em Campinas para informar aos empresários da cidade o projeto de modernização do aeroporto. O encontro, promovido pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), ocorrerá as 19h30 no Vitória Concept Hotel.

O novo terminal, conforme o projeto que está sendo elaborado pelo consórcio, terá 110 mil metros quadrados de área. Nele, haverá um edifício-garagem com três andares e 28 posições para o estacionamento de aeronaves com fingers (pontes de embarque e desembarque), e mais sete posições remotas. Nesses locais, os passageiros acessam os aviões por meio de ônibus.

A previsão é que o novo terminal seja entregue em 22 meses, antes da Copa do Mundo. O atual terminal deverá ser demolido assim que o novo estiver pronto.

A operadora francesa Egis tem 10% de participação na concessionária. Triunfo Participações e UTC possuem 45% cada de participação. Não está prevista abertura de capital nem mudança societária nos primeiros anos de operação.

Para a segunda fase de investimentos em Campinas está prevista a construção da segunda e terceira pistas de pouso e decolagem. A primeira deverá ter pelo menos 3.600 metros de comprimento. A segunda, 2.600 metros.

Viracopos está sendo administrado por uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), isto é, uma nova empresa formada pelo consórcio vencedor do leilão, em sociedade com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que detém 49% de cada SPE. A Infraero, empresa pública federal, continuará administrando diretamente 63 aeroportos no País, responsáveis pela movimentação de 67% do total de passageiros.

Como acionista relevante, a Infraero participará das principais decisões da companhia, sendo acompanhada pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República. Os dividendos decorrentes de sua participação acionária nos três aeroportos concedidos serão utilizados para investimentos nos outros 63 terminais da rede. As obras em curso nos aeroportos concedidos continuarão a ser executadas pela Infraero. As novas serão de responsabilidade da concessionária de cada aeroporto.

Nos primeiros 30 dias, os três aeroportos serão administrados pela Infraero. Nesse período, as concessionárias vão apresentar um Plano de Transferência Operacional (PTO), que será aprovado pela Anac. Após a aprovação do PTO, terá início a chamada operação assistida de 180 dias. Nos primeiros 90 dias, a Infraero continuará responsável pelas operações e será acompanhada pelo novo operador. Após esse período, a concessionária assume a operação de transição por 90 dias, com acompanhamento e suporte da Infraero. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 180 dias. Ontem, o superintendente de Viracopos, Carlos Alberto Cardoso Alcântara, apresentou na Câmara de Campinas o cronograma de transferência da administração do aeroporto.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Campanha em SP alerta motoboys sobre novas exigências de segurança

Condutores têm até o dia 4 de agosto para estar de acordo com as regras estipuladas pelo Conselho Nacional de Trânsito (do jornal O Estado de S.Paulo)

Começou na manhã desta segunda-feira, 25, em São Paulo, uma campanha para alertar motoboys e condutores que desejam ingressar na profissão sobre as novas exigências do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que passam a vigorar em todo o País no próximo dia 4 de agosto.


O início da campanha começou por volta das 9h no bolsão de estacionamento para motociclistas da Praça da República, na região central da capital. Segundo o Departamento de Trânsito (Detran) de São Paulo, serão distribuídos cerca de 100 mil cartilhas em 100 bolsões de estacionamento para motociclistas.

Serão feitas também blitz informativas sobre os novos itens obrigatórios de segurança previstos na legislação federal, como coletes e capacetes com dispositivos retrorrefletivos, proteção para motor e pernas, além de aparador de linha, também conhecido como "antena corta-pipa", entre outros.

A cartilha funciona como um guia prático para explicar os pré-requisitos do condutor e do veículo e as leis que regulamentam a profissão. Também conta com orientações sobre o curso especializado para motofrete, dicas para uma pilotagem segura, indicações da Polícia Militar quanto aos itens que serão fiscalizados e o passo a passo sobre como o motorista pode obter o Condumoto (certificado de capacitação para o transporte de pequenas cargas, expedido pelo DTP).

Fiscalização. Motoboys têm até o dia 4 de agosto para atender às novas exigências de segurança. O condutor que descumprir as regras estará sujeito a penalidades e medidas administrativas previstas nos artigos 230, 231, 232 e 244 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A multa pode chegar a R$ 191,54 e, dependendo da infração cometida, o condutor pode ter a CNH apreendida ou suspensa.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

SP: gastos com saúde de motociclistas sobem 56% em 3 anos

Do Portal Terra

Levantamento divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde indica que, no Estado de São Paulo, o custo de internações por acidentes com motociclistas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 56% entre 2008 e 2011. No total, os gastos saltaram de R$ 15,2 milhões para R$ 26,9 milhões no ano passado.

De acordo com o levantamento, o crescimento dos gastos acompanhou o aumento das internações, que passaram de 13.128 para 66.413 no período. O número de mortes por este tipo de acidente também registrou aumento no Estado. Em 2008, foram 1.586 mortes, contra 1.680 óbitos no último ano.

"O Brasil está, definitivamente, vivendo uma epidemia de acidentes de trânsito e o aumento dos atendimentos envolvendo motociclistas é a prova disso. Estamos trabalhando para aperfeiçoar os serviços de urgência no SUS, mas é inegável que esta epidemia está pressionando a rede pública", avaliou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

No País, o gasto com atendimentos a motociclistas, em 2011, foi 113% maior do que em 2008, passando de R$ 45 milhões para R$ 96 milhões. O número de internações passou de 39.480 para 77.113 hospitalizados no mesmo período e o número de mortes aumentou 21% nos últimos anos - de 8.898 motociclistas em 2008 para 10.825 óbitos em 2010. Com isso, a taxa de mortalidade cresceu de 4,8 óbitos por 100 mil habitantes para 5,7 entre 2008 e 2010.

"A elevação dos acidentes envolvendo motociclistas fez com que, pela primeira vez na história, a taxa de mortalidade deste grupo superasse a de pedestres (5,1 para cada 100 mil) e a de outros veículos automotores, como carros, ônibus e caminhões", alertou Padilha.

Além do crescimento de fatores de risco importantes, como excesso de velocidade e consumo de bebida alcoólica antes de dirigir, a diretora de Análise de Situação em Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, aponta o incremento na frota de veículos como fator para o aumento do número de acidentes. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de veículos registrados cresceu 16,4% entre 2008 e 2010. No mesmo período, os óbitos tiveram alta de 12%. A frota de motocicletas foi ampliada em 27%.

Ato da CUT pela mobilidade urbana

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sorocaba sedia Ciclo de Debates Regionais sobre Mobilidade Urbana

Bancos prometem US$ 175 bilhões para transporte sustentável

Instituições citaram congestionamentos durante a Rio+20 como exemplo para justificar importância de investir em transportes (Portal IG Notícias)

Um grupo formado por oito dos maiores bancos multilaterais de desenvolvimento no mundo anunciou, nesta quarta-feira (20), durante a Rio+20 , o compromisso de investir US$ 175 bilhões na criação de sistemas de transportes mais sustentáveis nos próximos 10 anos. Entre os bancos signatários do acordo estão o Banco Mundial, o Banco de Desenvolvimento da América Latina e o Banco Europeu de Investimento.


“O congestionamento, a poluição, os acidentes de trânsito e a mudança climática associada aos transportes podem custar de 5% a 10% do PIB por ano. E, apesar de sua importância, o transporte tem sido negligenciado pelas políticas de incentivo dos governos”, afirmou Haurihiko Kuroda, presidente do Asian Development Bank, que também assumiu o compromisso de investir em transportes sustentáveis.

Para ilustrar a necessidade de investir em transportes sustentáveis, as instituições não pouparam nem mesmo os anfitriões da Conferência para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. “Os participantes da Rio+20 já observaram o preço pago diariamente pelo congestionamento de tráfego e o cruzamento inseguro das vias”, afirmou Michael Replogle, diretor de políticas globais e fundador do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP).

Ainda segundo Replogle, esses problemas problemas têm soluções. “Mas, para reproduzir modelos de sucesso como os que foram desenvolvidos em Guangzhou, precisamos do suporte das Nações Unidas e também do apoio financeiro dos bancos de desenvolvimento”, disse o executivo da ITDP.

A iniciativa é resultado do esforço da SloCaT (sigla em inglês para Transporte Sustentável de Baixo Carbono), parceria internacional que inclui entidades da ONU, bancos de desenvolvimento, ONGs e organizações empresariais. “Essa decisão nos permitirá o planejamento para o contingente de 1 bilhão de pessoas que mduarão para as cidades nos próximos 20 anos”, avalia Cornie Huizenga, organizadora da SloCaT na Rio+20.

CPTM é alvo de inquérito após representação de deputados do PT

*Da assessoria do PT Alesp com informações da Agência Estado



O pedido dos deputados do PT enviado ao Ministério Público (MP) para investigação de supostas irregularidades na gestão e aplicação de investimentos da CPTM- Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. O pleito foi acatado e o MP abriu inquérito civil para apurar as supostas irregularidades. A empresa tem até o final deste mês para se manifestar.

Para o líder do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Alencar Santana há "inadequação no uso do orçamento de manutenção" e "riscos de acidentes nos trens". "Exemplo disso é o ocorrido em maio no metrô", disse, referindo-se ao choque de vagões que deixou cerca de 50 feridos no dia 16 de maio na linha 3, vermelha.

O pedido foi feito por deputados do PT no dia 29 de março, mas foi acatado pelo MP apenas dois meses depois, no dia 24 de maio. Santana atribui a aceitação do pedido ao acidente do metrô, que, segundo ele, expôs a fragilidade dos sistemas geridos pelo governo estadual.

Outro ponto que Santana salienta é o que chamou de "redução no investimento em manutenção" das linhas. "O governador (Geraldo Alckmin, do PSDB) fez uma readequação do orçamento e reduziu em R$ 165 milhões o custo de manutenção passando para custeio", afirmou, citando o decreto nº 57.993 de 20 de abril de 2012, que remanejou cerca de R$ 165 milhões do orçamento da CPTM. "Queremos que apure se há irresponsabilidade de gestão nesta questão", disse.

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos do governo Alckmin afirmou, via assessoria de imprensa, que a acusação "não tem o menor fundamento". "O decreto 57.993, de 20 de abril de 2012, faz um aporte na dotação orçamentária da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos no valor de R$ 125 milhões para obras e instalações e de R$ 40 milhões para despesas com pessoal, terceiros e custeio. Todas essas despesas podem ser consideradas como itens de manutenção, já que as obras e instalações citadas são de manutenção, assim como os gastos com pessoal que trabalha neste serviço", afirmou a assessoria por meio de nota.

No inquérito, o MP questiona o porquê de o sistema de trens apresentar falhas e acidentes, quais as causas e se foram adotadas regras e procedimentos para evitar novas ocorrências. Eles ainda solicitaram explicações se os recursos investidos na ampliação e modernização do sistema de trens são suficientes e quais foram os valores efetivamente aplicados nos últimos cinco anos. A CPTM afirmou, via sua assessoria de imprensa, que irá responder a todas as questões no prazo estipulado.

Projeto de financiamento para transportes é debatido em audiência pública

Da Assessoria da Assembleia Legislativa

As comissões de Infraestrutura e de Transportes e Comunicações realizaram, nesta quarta-feira, 20/6, audiência pública em que foram ouvidos representantes da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH), que discorreram sobre os projetos que necessitam do aval do Parlamento paulista para captação de recursos junto a instituições financeiras nacionais e internacionais (Projeto de Lei 65/2012).

O gerente de planejamento do Metrô, Alberto Epifani, apresentou a Linha 15 - Branca, que possuirá aproximadamente 13,5 km de extensão e 12 estações (da estação Orfanato); o início será na integração com a Linha 2 - Verde e o Monotrilho L2 - Verde, ambos na Estação Vila Prudente. O término da linha será na futura Estação Dutra. Epifani ressaltou que, neste momento, o Metrô pede o aval da Assembleia para o financiamento da primeira fase que irá até a Estação Vila Formosa. Foi apresentada também a Linha 18 - Bronze que liga a Estação Tamanduateí ao sul de São Bernardo, em 20 km de monotrilho. O financiamento para ambas as linhas estaria em torno de R$ 2,8 bilhões, em recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BNDES).


Linha Jade - Aeroporto de Guarulhos

Luciano Ferreira da Luz, gerente de planejamento da CPTM, apresentou a Linha 13 " Jade, cujo objetivo é chegar ao aeroporto de Guarulhos. A linha teria 11,5 km de extensão e um custo estimado de R$ 1,2 bilhão. Há demanda de 120 mil passageiros por dia para a primeira fase do projeto, que já conta com anuências das prefeituras e está em processo avançado das licenças necessárias. O financiamento, da ordem de 500 milhões de euros, viria de uma agência de fomento francesa.

Pelo DER, falou o superintendente Clodoaldo Pelissioni, que expôs o programa de recuperação das rodovias estaduais, que engloba 64 projetos de trechos rodoviários em 1.953 km de rodovias. O financiamento de R$ 1,44 bilhão viria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O programa prevê recapeamento, troca de base, pavimentação de acostamentos, implantação de faixas adicionais e construção de pontes, viadutos e passarelas. Há projetos em fase de revisão final, em elaboração e em licitação. De acordo com Pelissioni, este financiamento faz parte de um programa geral de recuperação das rodovias, sendo que vários trechos já estão em andamento. Além disso, asseverou, as condições do financiamento são muito vantajosas ao Estado.

Hidrovia Tietê-Paraná

Casemiro Tércio Carvalho, diretor do DH, afirmou que o projeto em questão visa melhorar o que já existe da hidrovia Tietê-Paraná, além de ampliá-la. O objetivo é a eliminação de gargalos por meio da ampliação de vãos de pontes, da proteção de pilares, da ampliação e retificação de canais, da melhoria das eclusas e da construção de portos. As obras devem reduzir o tempo do transporte, seus custos e o tráfego nas rodovias. Carvalho enfatizou a necessidade de que o projeto seja contemplado em sua totalidade. O financiamento, pelo BNDES, seria da ordem de R$ 307 milhões e faz parte de um total R$ R$ 1,7 bilhão que conta com recursos do PAC e do Tesouro.

"Lamento que mais uma vez as hidrovias sejam preteridas em relação a outros modais", considerou o deputado João Caramez (PSDB), ressalvando ser, contudo, favorável aos empréstimos. Afirmou, ainda, que não ouve menção ao Hidroanel Metropolitano, obra que permitiria a integração hidroviária de São Paulo.

O deputado Gerson Bittencourt (PT) criticou as apresentações do Metrô e da CPTM, as quais, em sua opinião foram "medíocres" e "desrespeitaram" as comissões.

"Vamos reivindicar a realização de audiências públicas nas diversas regiões em que acontecerão obras", afirmou o deputado José Zico Prado (PT), que também criticou as apresentações do Metrô e da CPTM: "precisamos saber muito mais para aumentarmos a capacidade de interlocução com a comunidade", opinou.

Audiências regionais e emendas

O presidente do Metrô, Peter Walker, desculpou-se pela deficiência da apresentação, justificando que não houve tempo para sua devida preparação, mas entregou material aos deputados, o qual, segundo ele, possui todas as informações necessárias. Luciano da Luz, da CPTM, também se desculpou pela apresentação incompleta. "Estamos trabalhando na desvinculação da Linha 13 do Expresso Aeroporto, cuja licitação foi suspensa; por isso, ainda temos poucas informações mais específicas", alegou.

Gerson Bittencourt afirmou que o PT é favorável ao mérito do projeto, mas considerou que ainda há a necessidade de discussão mais abrangente no Colégio de Líderes para o encaminhamento das 16 emendas apresentadas, bem como para o estabelecimento das audiências públicas regionais.

A presidência da reunião foi dividida entre os deputados José Zico Prado (PT), presidente da Comissão de Infraestrutura, e pelo deputado Edmir Chedid (DEM), presidente da Comissão de Transportes e Comunicações. Estiveram presentes os deputados João Caramez (PSDB), Carlão Pignatari (PSDB), Itamar Borges (PMDB), Gerson Bittencourt (PT), Mauro Bragato (PSDB), Ulysses Tassinari (PV), João Antonio (PT), Roque Barbieri (PTB), Samuel Moreira (PSDB) e Olimpio Gomes (PDT).

terça-feira, 19 de junho de 2012

Sorocaba sedia Ciclo de Debates Regionais sobre Mobilidade Urbana

Os desafios da mobilidade urbana enfrentados pela população de Sorocaba e região serão tema de debate no dia 21/06 (quinta-feira), às 19 horas, no Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sorocaba e Região. O evento é uma iniciativa da Liderança do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), com apoio do deputado Hamilton Pereira e do Sindicato dos Condutores.

Participarão da discussão, que será mediada por Hamilton Pereira, a Engenheira Civil Cristina Baddini, especializada em Urbanismo e Mestre em Transportes e Trânsito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e o Líder da Bancada Petista, deputado Alencar Santana.

O debate abordará questões ligadas ao conceito de mobilidade urbana, os desafios para a cidade de Sorocaba e região, a perspectiva de funcionamento do Trem Regional como uma proposta alternativa às altas tarifas de pedágios e a situação das rodovias que cortam a região, transporte rodoviário intermunicipal e sistema viário em geral.

Visando trazer mais subsídios para o debate contaremos com a participação do Secretario Geral do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Sorocaba e Região e Diretor da FSTTT - Federação Estadual dos Trabalhadores em Transportes Terrestres Sr. Gileno dos Santos, e também como palestrante sobre o tema Trabalhadores em Transporte e a Mobilidade Urbana o Sr. Francisco França da Silva, Vereador na cidade de Sorocaba, Vice-Presidente (licenciado) do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Sorocaba e Região e Presidente da FSTTT - Federação Estadual dos Trabalhadores em Transportes Terrestres.

Raposo Tavares

Para Hamilton, os problemas da rodovia Raposo Tavares no perímetro urbano de Sorocaba também devem ser tratados, pois não se resumem ao limite de velocidade. "Lá temos problemas de falta de áreas de aceleração e desaceleração, ausência de áreas de escape, paradas de ônibus, enfim, a impressão é de que houve sérias falhas de projeto nessa obra", observa o deputado. "Temos que trazer os técnicos da Via Oeste, Artesp, Emplasa para que apresentem explicações mínimas e discutam com a comunidade local, que é a quem os serviços devem atender", completa.

Dados da Polícia Rodoviária acusam a aplicação de 13.223 multas por excesso de velocidade no referido trecho, entre os meses de janeiro a março de 2012. O número é seis vezes maior que o do mesmo período do ano de 2011, quando foram aplicadas 2.100 autuações.

A mobilidade urbana também é um dos desafios a ser colocado diante da proposta de criação da Aglomeração Urbana, ou Região Metropolitana de Sorocaba, sendo que ambas envolvem 29 municípios.

Este é o terceiro debate sobre Mobilidade Urbana realizado no estado São Paulo com o apoio da Liderança do PT no Estado. O primeiro ocorreu em 28/05, na ALESP, quando um diagnóstico realizado pela bancada petista apontou por um lado, "que não há prioridade do Governo do Estado para a mobilidade urbana e, por outro, falta capacidade de planejamento, gestão e execução dos tucanos nas obras".

O Sindicato dos Condutores de Sorocaba fica na rua Capitão Augusto Franco, no 159, na Vila Amélia.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Governador do RS promete redução de tarifa com estatal de pedágios

Tarso Genro falou sobre aprovação da EGR nesta quarta (13). Os valores do novo sistema, no entanto, ainda não são conhecidos.

Do Portal G1

Aprovada na Assembleia Legislativa na noite da última terça-feira (12), a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) ainda é motivo de discussão. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (13), o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, garantiu que as tarifas sofrerão redução a partir da implantação do novo serviço, em 2013.


Um estudo irá apontar o percentual que poderá ser reduzido. Tarso lembrou que as próprias empresas que atualmente administram as rodovias informaram que os valores poderiam ser menores. "O preço nós não sabemos qual é, mas os valores poderiam ser reduzidos em 30% sem prejudicar o serviço, conforme já verificamos em algumas discussões. As tarifas vão baixar no momento em que as concessões terminarem", declarou.

Outra medida confirmada pelo governador é a extinção do posto de pedágio do município de Farroupilha, na ERS-122, na Serra. Um dado curioso é que, somente neste ano, a praça foi assaltada seis vezes, segundo a Brigada Militar.

A EGR foi aprovada por 31 votos a 9 após seis horas de discussão entre deputados. Além de acabar com os polos rodoviários, o governo pretende devolver as estradas federais para a União. Nos próximos dias, as concessionárias que atualmente administram as rodovias serão notificadas sobre a não prorrogação dos contratos.

Segundo o projeto aprovado, a EGR será pública, sendo 90% de seu capital pertencente ao estado e o restante aberto a autarquias, empresas públicas e municípios. A empresa será gerida por um conselho de administração. As receitas obtidas deverão ser aplicadas em obras e serviços na rodovia em que ocorrer a arrecadação.

ONU lança campanha sobre mobilidade urbana sustentável

Por Giuliander Carpes, do Portal Terra

Os chefes de Estado talvez não cheguem a um acordo sobre seus compromissos a partir da Rio+20, mas o cidadão pode fazer a diferença. A ONU lançou hoje, no Forte de Copacabana, a campanha I'm a City Changer, para que a população se conscientize de que, com a mudança em pequenas ações rotineiras, é possível alcançar um padrão de vida mais sustentável.
"Precisamos mostrar que a mudança é possível por meio de criatividade e audácia das pessoas para tomarmos decisões mais inteligentes. Nas cidades estão as oportunidades para enfrentar os problemas globais", diz o secretário geral adjunto da ONU Joan Clos.




O foco da campanha no Brasil será a mobilidade urbana e as pessoas serão chamadas a escolher meios de transporte menos poluidores. "Queremos incentivar o uso de transporte não motorizado, seja a bicicleta ou qualquer outro. Se não for possível, que a pessoa possa usar o transporte público ou pegar carona com amigos. Cada um pode fazer sua parte por um mundo melhor", afirma Manuel Manrique, oficial de informação do programa ONU Habitat, idealizador da campanha.

Outras cidades do país também farão parte da campanha, como São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outras. Elas receberão ações pontuais de marketing e haverá eventos e atividades para mobilizar as pessoas. A I'm a City Changer também será veiculada nos cinemas, na televisão, no rádio e em veículos impressos, e há um site (www.imacitychanger.org) e fan page no Facebook onde serão colocados exemplos das melhores práticas.

Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

Contran libera advertência, em vez de multa, para infrações leves e médias

Elas incluem estacionar em local proibido e furar rodízio; resolução vale a partir de janeiro e só contempla motorista não reincidente (Bruno Ribeiro - O Estado de S. Paulo)

SÃO PAULO - As infrações de trânsito leves e médias poderão ser convertidas em advertência por escrito e não render mais multa nem pontos no prontuário do motorista. Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada na semana passada regulamentou o artigo 267 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que instituía a Penalidade de Advertência por Escrito, mas que não era aplicada.A Resolução 404 foi publicada na última quinta-feira e está programada para valer a partir de 1.º de janeiro do ano que vem. Ela complementa outra resolução, a 363, de 2010, que já estabelece padrão para envio de multas e prazo para recurso. Os motoristas beneficiados pela mudança são aqueles sem antecedentes, ou seja, que não foram flagrados cometendo a mesma infração de trânsito nos últimos 12 meses.

A advertência por escrito era prevista desde 1998, quando o CTB foi reformulado, mas a falta de regras nacionais para aplicação da norma impedia que ela fosse cumprida. Na internet, correntes de e-mail já falavam, incorretamente, que as multas poderiam ser convertidas em advertência. A própria Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mantém em seu site, na página sobre orientações sobre procedimentos após uma multa, um texto alertando que a regra não está em vigor.

Excesso de velocidade (em até 20% acima do limite da via), desrespeito ao rodízio e estacionamento irregular respondem por mais da metade das multas da capital paulista. E são infrações leves e médias. A Prefeitura de São Paulo estima arrecadar R$ 800 milhões neste ano com multas. Mas não há dados que mostrem quantas dessas multas são aplicadas contra motoristas "primários", sem infração anterior.

Na prática, a norma dá ao motorista o direito de pedir que sua multa seja convertida em advertência no momento em que receber a notificação da infração de trânsito. Isso poderá ser feito em até 15 dias depois do recebimento da multa.

Fiscalização. O Contran também permite que a própria autoridade de trânsito - a CET, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) ou a Polícia Militar, a serviço do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) - emita a advertência no lugar da multa. "Caso a autoridade de trânsito não entenda como medida mais educativa a aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito, aplicará a Penalidade de Multa", diz o parágrafo 8 do artigo 9.º da resolução.

A Prefeitura de São Paulo ainda não definiu como vai proceder quando a nova regra estiver em vigor. "O Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV) informa que está em contato com o Detran estadual para definir como será feito o acesso à base nacional de condutores, única maneira de se certificar de que o condutor não cometeu infrações nos últimos 12 meses", diz o DSV, em nota.

"Além disso, a Secretaria Municipal de Transportes está realizando estudos para definir como a resolução poderá ser viabilizada", diz nota enviada nesta segunda, que não falou se a proposta da Prefeitura é enviar a advertência imediatamente ou se vai esperar que o motorista recorra para evitar a multa.

Já o Detran informou, também em nota, que "a conversão da multa em advertência é facultativa a cada órgão autuador (aquele que aplica a multa), após analisar o histórico do prontuário do condutor". Na capital paulista, mais de 90% das multas aplicadas aos motoristas são feitas pela Prefeitura.

Educação. O conceito do Contran, que vale em todo o País, é que, em determinados casos, a simples advertência já tem o caráter educativo. Ele vai ao encontro de outras editadas pelo órgão que limitam a chamada "indústria da multa" como, por exemplo, a proibição de manter os radares de velocidade escondidos.

Ainda de acordo com a resolução, se o motorista receber a advertência, não vai poder recorrer. O texto dá à Junta Administrativa de Recurso de Infração (Jari) o poder de julgar que os pedidos de conversão da multa para a infração. Se o pedido não for aceito, a multa será aplicada normalmente.

Detalhes. A advertência prevista no CTB ainda não era colocada em prática por falta da padronização de alguns detalhes técnicos. Os órgãos municipais não tinham como ter acesso ao prontuário dos condutores para saber se eles tinham tido uma infração registrada no período de um ano.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

São Caetano terá bicicletas públicas a partir de setembro

Bruna Gonçalves, do Diário do Grande ABC

A Prefeitura de São Caetano disponibilizará bicicletas públicas a partir de setembro. A afirmação foi feita pela diretora de transportes da Secretaria de Mobilidade Urbana, Cristina Baddini, durante o I Encontro de Cidades Amigáveis, realizado neste fim de semana no município. São Caetano recebeu o título de Cidade Amigável por desenvolver medidas para melhorar o espaço viário.

As bicicletas estarão disponíveis em três pontos: Parque Chico Mendes, Parque Linear Tijucussu e Terminal Rodoviário Nicolau Delic. "Estamos fechando parceria com uma empresa espanhola. Queremos espalhar 50 pontos pelo município", explica Cristina.

A iniciativa visa estimular o transporte não-motorizado. O interessado fará cadastro e receberá cartão para liberação do veículo. Não é necessário entregá-lo no mesmo ponto.

Para o presidente da Comissão de Bicicletas da Associação Nacional de Transportes Públicos, Reginaldo Paiva, é preciso estimular o hábito de se descolar com outros meios. "Em distâncias de 1 a 2 km, ir a pé é melhor. Até 8 km, a bicicleta é boa opção", destaca.

O coordenador Nacional do Movimento pelo Direito ao Transporte Público, Nazareno Affonso, ressaltou que São Caetano está engajada e preocupada com a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que tem o objetivo de priorizar o transporte não-motorizado e público, além da acessibilidade. "Cada via ou obra feita tem de ser pensada para todos."

Na manhã de ontem as crianças puderam conhecer um pouco mais da linguagem do trânsito em pista montado no Parque Linear Tijucussu. A população também teve a oportunidade de vivenciar situações que pessoas com deficiência passam no dia a dia, utilizando cadeiras de rodas, bengalas e vendas.

Governo cria empresa para supervisionar projeto do trem-bala

do Portal Terra

O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira um decreto que cria a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav), entidade com objetivo de orientar a implantação do trem de alta velocidade, que interligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.


Segundo o decreto publicado, a Etav será uma sociedade anônima de capital fechado, vinculada ao Ministério dos Transportes, com capital inicial de R$ 50 milhões. O texto afirma que o ministério dos Transportes ainda vai indicar um representante para a constituição da Etav, função que "será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada".

No começo do mês, o ministério dos Transportes confirmou que a presidência da Etav, que será sócia dos investidores privados que arrematarem a concessão do projeto orçado, ficará a cargo do ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Bernardo Figueiredo.

A ANTT estima que o projeto, que já teve cronograma adiado várias vezes, terá um custo total de cerca de R$ 33 bilhões, dos quais R$ 25 bilhões serão relativos à infraestrutura da ferrovia.

Em fevereiro, Figueiredo afirmou que esperava que o leilão da primeira fase do projeto, de escolha do operador e fornecedor do sistema do trem-bala, ocorresse em outubro. Com um segundo leilão, da infraestrutura, como trilhos, viadutos e túneis, ocorrendo no fim de 2013.

Estacionar já custa até R$ 650 por mês

Nas regiões da Paulista, Faria Lima e Berrini, alguns motoristas têm de desembolsar mais do que um salário mínimo por vaga de mensalista

por NATALY COSTA e BRUNO RIBEIRO - O Estado de S.Paulo

Não há mais limite para o preço dos estacionamentos nos maiores polos empresariais da cidade de São Paulo. Em regiões como as das Avenidas Paulista, Engenheiro Luís Carlos Berrini e Brigadeiro Faria Lima, as vagas mensais já chegam a custar mais do que um salário mínimo (R$ 622). Algumas encontradas pela reportagem cobram R$ 650 dos mensalistas.

Apesar dos preços mais do que salgados, continua difícil encontrar vagas. Grande parte das empresas que atuam nesses endereços trabalha com fila de espera por uma vaga mensal. E ainda tem o horário: por mais caros que sejam, os estacionamentos têm hora para fechar, o que obriga os clientes que fazem hora extra no trabalho a ter de retirar o carro até as 21 horas, para então voltar ao serviço.

Na Faria Lima, o valor da vaga vai aumentando quanto mais distante o estacionamento está do Largo da Batata, onde funciona a Estação Faria Lima da Linha 4-Amarela do Metrô. O estacionamento mais caro de lá, na altura do número 1.884 da via, custava R$ 500 há dois meses.

"Hoje mesmo já vieram uns três procurar vaga. Só tem se for para um carro só. Tem uns que se espantam com o preço, outros querem mesmo assim", disse um funcionário do estabelecimento que só concordou em dar entrevista se não tivesse o nome publicado. O gerente do estabelecimento não quis falar com a reportagem.

Shopping como opção. Uma dica de quem frequenta a região da Faria Lima apenas esporadicamente é parar nos shoppings - Iguatemi ou Eldorado. Apesar de caros - duas horas custam R$ 12 -, os valores são menores do que os R$ 15 cobrados pela primeira hora, em média, nas garagens dos prédios vizinhos.

Já quem não tem opção, exceto parar o carro por ali, tenta achar explicações para valores tão altos. "Eles enfrentam um aluguel muito alto e a gente paga o preço do aluguel deles", diz o engenheiro civil Marcos Ozores, de 57 anos, que estacionou seu automóvel por duas horas e pagou R$ 25 - o preço de uma refeição. No entanto, há quem ache que não está levando um prejuízo tão grande, como afirma a bancária Sara Portela, de 44 anos, cliente mensalista do estacionamento mais caro da avenida. "Por causa do convênio do estacionamento com minha empresa, desembolso R$ 270. Caro, né? Mas dizem que na Paulista é pior!"

As garagens da Avenida Paulista, que tem três estações de Metrô, não são mais baratas do que as da Faria Lima. Lá, a vaga mensal chega a R$ 450. Mas é possível encontrar locais cobrando até a metade disso. Em um estacionamento ao lado do Museu de Arte de São Paulo (Masp), o valor é de R$ 280. "Só está esse preço porque ainda tem vaga", revela um funcionário.

No caso de lugares avulsos, os valores mais caros encontrados pela reportagem estão na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na zona sul da cidade: R$ 52 a diária. "É caro. Mas não tem jeito, não tem opção. É o preço dessa região mesmo", conforma-se a consultora em Tecnologia da Informação Fernanda Frolini, de 38 anos.

Saída pela CPTM. O transporte público de alta capacidade mais próximo da Faria Lima e da Berrini é a Linha 9-Esmeralda da CPTM. Do ano passado para cá, a linha dobrou o número de usuários e hoje bate na casa dos 600 mil usuários por dia. Esse ramal tem ficado conhecido, entretanto, pela série de panes que deixam as plataformas lotadas no horário de pico. Foram cinco casos neste ano, classificados pela companhia como "ocorrências notáveis" que afetaram a operação por mais de uma hora.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Mortes de pedestres caem 43,6% no Centro de São Paulo após campanha

do Portal Terra

Um levantamento divulgado nesta sexta-feira pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo mostra que houve uma redução de 43,6% nas mortes por atropelamento de pedestres no centro da capital. Em toda a cidade, a queda foi de 10,3%. A prefeitura atribui o índice positivo à campanha de respeito à faixa de pedestre.

O balanço vai de 11 de maio de 2011, data do lançamento da campanha, até 31 de março deste ano e compara os dados ao mesmo período do ano anterior. Foram contabilizadas 22 mortes por atropelamento no centro de São Paulo diante de 39 no levantamento anterior.

Em toda a cidade, o Programa de Proteção ao Pedestre conseguiu reduzir de 572 para 513 os acidentes fatais entre automóveis e pedestres. "Este balanço confirma a tendência de diminuição na soma dos óbitos de pedestres, corroborando o êxito do Programa empreendido pela Administração Municipal para marcar o advento da Década de Ação para a Segurança Viária estabelecida pela Assembleia Geral da ONU", comemora a prefeitura paulistana, em nota.

Em quase dez meses de fiscalização intensiva, foram contabilizadas mais de 225 mil infrações de desrespeito ao pedestre, como deixar de dar a seta, parar sobre a faixa de segurança e não dar preferência ao pedestre que não tenha concluído a travessia.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Bancada apoiará Ato da CUT contra o Apagão nos Transportes em SP

Imprensa PT Alesp

O presidente estadual da CUT Adi dos Santos, reeleito recentemente para a direção da Central Sindical, foi recebido nesta terça-feira (12/6) pelos deputados do PT e convidou os parlamentares para as ações e mobilizações que a Central deve realizar com o objetivo de colocar na pauta dos paulistas os problemas da mobilidade urbana na Região Metropolitana.
O líder sindical informou que a partir do Ciclo de Debates que constituíram o Diagnóstico da Mobilidade Urbana e o Transporte Público no Estado de São Paulo, promovido no mês passado pela Bancada do PT, é que a Central definiu também assumir esta pauta. “Nós sabemos que os trabalhadores são os mais penalizados com a falta de uma política que priorize o transporte público”, apontou Adi.
Para chamar a atenção da população sobre os problemas dos transportes públicos a CUT vai promover em 29 de junho, a partir das 10 horas, na Praça da Sé. “A expectativa é reunir 10 mil pessoas para cobrar um sistema de transporte eficaz seguro e acessível”, disse Adi.
De pronto Adi recebeu o apoio unânime da Bancada, expressada por Luiz Claudio Marcolino, ao avaliar que a iniciativa é uma contribuição que apontará para a população que o Apagão dos Transportes é resultado de uma política inoperante do PSDB em São Paulo.
A descentralização do Ato foi proposta por José Zico Prado, que sugeriu a realização de panfletagem divulgando o Ato nas estações do Metrô, como Itaquera, Barra Funda, Brás entre outras.
Na mesma linha, Marco Aurélio reivindicou a elaboração de um folder com chamada para a atividade. Já Gerson Bittencourt explicou que o Ato deve ser crítico a falta de política pública e cobrar ações do governo do Estado, mas que aponte também propostas e alternativas para tratar da questão, como a instituição do Bilhete único Metropolitano e a tarifa atemporal.
Ainda na ocasião. o líder da Bancada, deputado Alencar Santana, colocou a assessoria da Bancada à disposição para colaborar com a Central e dar apoio ao Ato e informou que o Ministério Público Estadual acatou representação da Bancada quanto às panes da CPTM e fez uma série de indagações à companhia que devem ser respondidas em até 30 dias.
Os prejuízos aos cofres públicos do Estado com os gastos com a reforma de trens também foi alvo de denúncia de Simão Pedro ao Ministério Público Estadual.

Transporte ecológico: designer projeta trem autossustentável

O designer Marco Gallegos criou um conceito de trem inovador. No projeto, chamado de Auto-Train, uma composição ferroviária levará, a um só tempo, automóvel e motorista. A ideia é que o trem se encaixe em trajetos muito longos para se percorrer de carro, mas muito curtos para uma viagem de avião. Comum em trens de alta velocidade, a energia que move a composição é elétrica, alimentada por um ramal que acompanha o traçado da linha férrea.

Auto-Train promete carregar passageiros e seus veículos com comodidade (Foto: Reprodução)
Para economizar tempo, Marco idealizou um tipo de trem onde os vagões possam ser reordenados e destacados sem demora. Desta forma, um determinado vagão pode parar na estação, enquanto o restante do trem segue viagem. Ou ainda, uma seção do trem pode viajar em separado por outro ramal da linha.

Vagões carregam os carros e seus motoristas (Foto: Reprodução)
Além disso, os vagões são pensados para serem de uso individual. Isso significa que um viajante não precisa obrigar todo o trem a parar em determinada estação, basta apenas que a seção onde o passageiro está se destaque e dirija-se para a estação desejada.

Vagões podem se separar do trem para se dirigir a destinos específicos (Foto: Reprodução)
Além dessa praticidade, o trem dispensa a presença de condutores. Totalmente automatizado, o controle dos vagões é realizado por sistemas embarcados, que direcionam o trem pelas linhas, usando o conceito de uma tecnologia já existente no transporte ferroviário de alta velocidade e em alguns metrôs do mundo, como o de São Paulo.

Contrato de concessão de aeroportos é assinado nesta quinta

Anac e consórcios assinam contratos para a administração dos aeroportos. Leilão dos aeroportos de SP e Brasília rendeu ao governo R$ 24,5 bilhões.
Do G1 em Brasília

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) assina nesta quinta-feira (14) os contratos com os consórcios que vão administrar pelos próximos anos os aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, leiloados no início de fevereiro.
A cerimônia de assinatura será em Brasília, às 15h, na sede da Anac, e contará com a presença do ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt.
O prazo inicial previsto para assinatura dos contratos era 4 de maio. Esse prazo foi prorrogado pelo menos duas vezes até a confirmação da cerimônia para esta quinta-feira.
As mudanças foram motivadas pela análise de dois recursos apresentados à agência contra o resultado do leilão do aeroporto de Viracopos, em Campinas; pela extensão do prazo para que os três consórcios encaminhassem documentos à Anac; e também para tentar encaixar o evento em data que permitisse a presença da presidente Dilma. No entanto, apesar do adiamento, não há previsão de participação da presidente.
De acordo com a Anac, a transferência do controle desses aeroportos à iniciativa privada não vai implicar em aumento de tarifa para os passageiros.
 
Consórcios vencedores

O governo arrecadou R$ 24,5 bilhões com o leilão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, ágio total de 347% considerando o valor mínimo de R$ 5,477 bilhões exigido pelos três.
O aeroporto de Guarulhos foi arrematado pelo consórcio Invepar por R$ 16,213 bilhões - ágio de 373,5% sobre o valor mínimo. Campinas ficou com o consórcio Aeroportos Brasil que ofereceu R$ 3,821 bilhões, ágio de 159,75%.
Já o terminal de Brasília ficou com o consórcio Inframérica Aeroportos, que pagou R$ 4,501 bilhões, ágio de 673,89%. O consórcio é o mesmo responsável pela administração do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, leiloado em agosto de 2011.
Cada um dos três aeroportos será administrado por uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelos consórcios vencedores (51%) e a Infraero, estatal que é atual operadora dos aeroportos, e que será sócia das SPE com 49% do capital.
A operação dos aeroportos, assim como os investimentos, vai ser de responsabilidade dos consórcios. Antes disso, haverá um prazo de seis meses de administração conjunta entre eles e a Infraero, prorrogável por outros seis meses.

Investimentos
 
Para o aeroporto de Guarulhos, maior do país, o volume de investimentos previsto é de R$ 4,6 bilhões. Em Campinas, serão aplicados R$ 8,7 bilhões. No aeroporto de Brasília estão previstos investimentos de R$ 2,8 bilhões.
Os consórcios serão obrigados por contrato a realizar uma série de obras para ampliar a capacidade de atendimento de passageiros e absorver o aumento da demanda por voos no país nos próximos anos.
O contrato prevê duas fases de investimentos, sendo que a primeira delas deve ser concluída antes da Copa de 2014.
Para o aeroporto de Guarulhos, estão previstos investimentos da ordem de R$ 1,38 bilhão até a Copa de 2014, ou seja, na primeira fase. Entre elas está a construção do terceiro terminal, com capacidade para processar pelo menos 1.800 passageiros internacionais em hora pico durante o embarque e 2.200 passageiros internacionais em hora pico no desembarque.
Outra obra obrigatória é a construção de um pátio para atender pelo menos 32 aeronaves, sendo que 20 dessas posições deverão ter ponte de embarque junto ao terminal de passageiros. A concessionária também terá que implantar uma área de segurança com 90 metros de largura por 90 metros de comprimento, no final de uma das cabeceiras de pista.
No aeroporto de Brasília serão investidos cerca de R$ 626,53 milhões até a Copa de 2014. Entre as obras obrigatórias para esse período está a construção de um novo terminal de passageiros com capacidade para processar pelo menos mil passageiros domésticos em hora pico durante o embarque e 1.200 passageiros durante o desembarque.
A concessionária também deverá construir um pátio com capacidade para 24 aeronaves, sendo pelo menos 15 dessas posições com ponte de embarque.
Já o aeroporto de Campinas vai receber investimentos da ordem de R$ 873,05 milhões até a Copa de 2014. Entre eles está a construção de um novo terminal com capacidade para processar pelo menos 1.550 passageiros domésticos em hora pico durante o embarque e o desembarque.
A concessionária deverá ainda concluir um pátio para 35 aeronaves, sendo pelo menos 28 posições com ponte de embarque. Outras medidas são a construção de área de segurança de 90 metros de largura por 90 metros de comprimento em duas cabeceiras de pista e o alargamento de pista de rolamento.
Para a segunda fase de investimentos em Campinas está prevista a construção da segunda e terceira pistas de pouso e decolagem. A primeira deverá ter pelo menos 3.600 metros de comprimento. A segunda, 2.600 metros de comprimento.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Lei dos motoristas prioriza segurança nas estradas e saúde dos trabalhadores

Foto: Ribamar Júnior “A Lei 12.619 é moderna e o Brasil precisa dela, pela segurança nas estradas e saúde dos trabalhadores”, afirmou o presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística – NTC&Logística, Flávio Benatti, nesta quarta-feira (13) no XII Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas realizado na Câmara dos Deputados, que discute a Regulamentação do Exercício da Profissão de Motorista – Lei 12.619/2012. Benatti defendeu a regulamentação da profissão dos motoristas, sancionada em abril deste ano, e discordou que a nova lei prejudique o crescimento do país. “Essa conversa de que a nova lei pode prejudicar o crescimento do país, que se encontra no seu melhor momento econômico, é de quem não quer sair da zona de conforto. Os setores de transportes precisam se adequar.” O procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Adélio Justino, explicou que o trabalho que fundamentou a lei durou dez meses e foi pensado na necessidade do empresariado e dos trabalhadores em conjunto com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT), NTC&Logística, Ministério Público, Senado Federal, Câmara dos Deputados na busca de um consenso mínimo. “O propósito era reconhecer legalmente uma categoria diferenciada para os motoristas. Ela precisava de metas mínimas para atender os anseios e produzir regras de trabalho para estabelecer limites e estabelecer segurança jurídica. É claro que essa lei tem efeitos econômicos, mas temos que parar de olhar só para o ‘eu’ e precisamos pensar no coletivo.” Conforme Justino, a criação da lei teve base em uma ação civil pública apresentada em 2011 na cidade de Rondonópolis (MT). “A ação pedia o controle da jornada de trabalho dos caminhoneiros, com base em dados científicos apresentados por representantes do setor. Os dados fáticos foram importantes e capazes de mostrar a realidade em que vive o caminhoneiro no Brasil, muitas vezes rebitado (referência ao rebite, anfetamina que estimula o sistema nervoso central), trabalhando semanas a fio sem dormir”, concluiu.

A infraestrutura de escoamento da produção brasileira

Do Brasilianas Infraestrutura: PAC espelha tentativas do passado Por Lilian Milena, no Brasilianas.org Da Agência Dinheiro Vivo O Brasil não dispõe de infraestrutura logística adequada para agregar competitividade no transporte de suas produções. Tem uma malha rodoviária de 1,8 milhão de km, mas apenas 12% pavimentada, uma frota de 1,9 milhão de veículos de carga, com idade média de 18 anos, e um conjunto ferroviário de 28 mil km que alcança velocidade média de apenas 25 km/h. Quanto aos rios navegáveis, aproveita somente 15%. Como se pode ver, a dificuldade de se chegar aos portos é grande. Além de tudo, a matriz de transportes brasileira não acompanha em nada a lógica de produção. Por exemplo, o Nordeste e Centro-Oeste respondem por 52% da produção de grãos do país, mas escoam para o exterior apenas 16% do total. Em contrapartida Sul e Sudeste escoam 84%, produzindo 48%. Em princípio, os dados expostos acima chamam atenção para os anos de descaso quando se trata de infraestrutura. O 24º Fórum de Debates Brasilianas.org, realizado no dia 30 de maio, em São Paulo, procurou levantar os desafios nessa área e os esforços, tanto da iniciativa privada quanto da iniciativa pública, para reverter esse quadro. Acompanhe os principais pontos abordados no primeiro painel do evento, que tratou do cenário atual da infraestrutura. Os investimentos federais (PAC e PNLT) Na segunda fase do PAC (2011-2014) foram alocados R$ 955,1 bilhões, sendo R$ 120 bilhões para melhorar ou aumentar a infraestrutura logística. As rodovias devem receber a maior parcela desse recurso (R$ 58,8 bilhões), em seguida as ferrovias (R$ 46,1 bilhões), hidrovias (R$ 2,5 bilhões) e aeroportos (R$ 7,5 bilhões). Segundo Maurício Muniz, secretário do Programa de Aceleração do Crescimento, do Ministério do Planejamento, que realizou a abertura do evento, até dezembro de 2011, 21% das obras do PAC 2 estavam concluídas. O volume de recursos da primeira fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2007-2010) foi de R$ 657,4 bilhões, com 82% das obras concluídas, até dezembro de 2010 (18% em atraso). Os projetos de infraestrutura no plano federal também são abarcados no Plano Nacional de Logística e Transporte, do Ministério dos Transportes. A terceira edição do PNLT prevê investimentos da ordem de R$ 428 bilhões, em 16 anos, com o objetivo de melhorar o escoamento de produtos, seja internamente ou para o mercado externo. Segundo Marcelo Perrupato, secretário de Política Nacional de Transportes, do Ministério dos Transportesjá foram alocados R$ 128 bilhões desse montante. Ao olhar para os projetos e recursos apresentados pelos porta-vozes do governo federal para infraestrutura, Frederico Bussinger, consultor do Idelt (Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente) e ex-diretor do departamento hidroviário do Estado de São Paulo, disse não compartilhar do clima de que recursos apresentados vão mudar alguma coisa no cenário atual. O engenheiro lembrou que parte importante dos projetos elencados nos dois programas já tinha sido levantada em políticas nacionais anteriores, a exemplo do Brasil em Ação e Avança Brasil, os dois do período Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Para ele, a raiz do problema dos projetos nunca iniciados está na falta de governança em todas as esferas (União, Estados e Municípios.) Por essa razão, “o óbvio [ou seja, a melhora da infraestrutura] não acontece”. Falta visão integrada no PAC Rui Carlos Botter, pesquisador da USP, especialista em Modelagem de Sistemas Logísticos, observou que o PAC apresenta apenas soluções pontuais para as regiões do país. Ele provocou o governo quanto aos objetivos do PAC ao lembrar que uma das metas do plano é aumentar as linhas ferroviárias dos atuais 28 mil km para 35 mil km, até 2015. Entretanto, até o momento nenhuma forma de expansão se concretizou, apesar de obras já estarem em andamento. “Na China, a extensão ferroviária era de 51,7 mil km em 1978. Em 2007, eram 78 mil com previsão de chegar a 120 mil km em 2020”, comparou. Para o pesquisador, alguns projetos não saem do papel por motivações políticas. A ferrovia leste-oeste, por exemplo, poderia ser construída por um quinto do valor que está sendo financiado no âmbito do PAC. O que só não ocorreu porque o projeto mais barato envolvia usar a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) e o porto de Aratú, na Bahia. Além disso, a proposta era do Programa de Logística de Transportes do Estado da Bahia (PeltBahia), não do PAC. Ainda, segundo Botter, se o governo tivesse ajudado a financiar o projeto da PeltBahia, a ferrovia leste-oeste já estaria concluída. No Brasil falta tudo Cerca de 60% da matriz de transporte do país é composta de rodovias, 22% ferrovias e 12% hidrovias. Existem muitas críticas quanto à “preferência” por rodovias, entretanto, para Frederico Bussinger, se não fossem as estradas o país não teria dado o salto econômico que teve no século XX. A verdade, explicou, é que o Brasil ainda precisa investir mais nessa modalidade de transporte, lembrando que do total de rodovias sob o domínio federal, 87% ainda nem foram pavimentadas. Porque as obras do PAC atrasam Maurício Muniz, secretário do Programa de Aceleração do Crescimento, afirmou que apenas as maiores obras do PAC 1 estão em atraso, sobretudo ferrovias e hidrelétricas, “pois não comportam o horizonte do programa, de apenas quatro anos”. Ele destacou ainda que o governo federal aprovou projetos do PAC 2 já prevendo que serão concluídos após 2014. “O que fizemos foi iniciá-los dentro do PAC para garantir recursos para fomentar a construção do que é necessário, a exemplo dos complexos petroquímicos”, justificou. Um fator importante levantando por todos os debatedores do evento foi a demora para se obter o licenciamento ambiental. Bussinger lembrou que a legislação do país já prevê mitigação e compensação de áreas desmatadas e comprometidas com as obras. Ainda assim existe muita resistência para a aprovação de projetos. Uma forma de combater esse problema seria regular a fiscalização em todo o país, pois em cada estado as operações de licenciamento são distorcidas de alguma forma. Os novos vetores logísticos Perrupato se defendeu em relação às críticas da falta de integração dos projetos do governo, destacando com as propostas do PNLT levam em consideração uma visão mais holística das obras. Com a ajuda da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o Ministério dos Transportes finalizou um estudo redividindo o Brasil em sete vetores logísticos. O novo mapa foi feito com o objetivo de melhorar a eficiência dos projetos em infraestrutura, e leva em conta fluxos migratórios, crescimento demográfico e econômico, conforme dados estatísticos do IBGE. “Nessa divisão interna consideramos ainda os menores custos logísticos para efeito de escoamento dos portos”, explicou. A partir desse mapa, os estados deverão esquecer de suas fronteiras. “Por exemplo, se o estado de Minas não apoiar investimentos nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro sua economia não se move”. O próximo passo, prometido pelo Ministério dos Transportes, é finalizar um estudo de avaliação ambiental que vai ser feito para cada um dos sete vetores logísticos. O momento de investir é agora O país deve aproveitar a crise financeira mundial para reorganizar seu sistema logístico, caso contrário perderá competitividade até mesmo nos mercados onde já se consolidou como principal fornecedor: commodities agrícolas e minerais. Marcelo Perrupato lembrou que os chineses estão investindo na África, que tem savanas, de clima semelhante ao do nosso Cerrado. Portanto, com condições propícias para concorrer com o Brasil na agricultura tropical.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Trem-bala só deve ter primeira licitação em 2013

O trem-bala deve ganhar mais um adiamento para a sua coleção de atrasos. O ministro dos Transportes, Paulo Passos, disse ao Valor que são grandes as chances de o leilão do trem de alta velocidade só ocorrer em 2013. No mês passado, Passos havia afirmado que o governo estava seguro de que faria a licitação do trem até o fim deste ano. “O calendário do trem-bala está um pouco apertado para que o leilão possa acontecer neste ano. Temos que fazer muitas audiência públicas e também deixar um prazo para questionamentos e sugestões posteriores. É bem provável que o leilão só aconteça no começo de 2013”, comentou. O projeto do trem de alta velocidade, que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, está em fase de conclusão. A licitação será feita em duas etapas. No primeiro leilão, será contratada a empresa que fará a operação do trem. Pelo cronograma, ocorreria ainda em 2013 uma segunda licitação, para contratar a companhia que assumirá a construção civil do projeto. Nesta semana, o ministro disse que a constituição da Etav, estatal que administrará o trem-bala, está pronta e que o decreto que regulamenta a empresa deverá ser publicado até a próxima semana, quando a estatal iniciará sua operação. Passos confirmou que o ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Bernardo Figueiredo aceitou o convite feito pela presidente Dilma Rousseff para comandar a Etav. Fonte: Valor, Por Caio Junqueira

Apagão tucano nos transportes públicos em São Paulo. Até quando?

Zé Dirceu | Opinião Foto: Elza Fiúza/ABr Eu sei, é assunto batido para mim e para vocês também. O apagão nos transportes públicos em São Paulo parece notícia velha. Não é. Os trens da Linha 9 – Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entraram em pane de novo e trafegaram com atraso por cerca de uma hora, das 11;30 às 12:30 nesta 2ª feira (ontem). Será que só a turma do escracho para resolver isto? A desculpa apreentada pela CPTM para o problema é a mesma de sempre – e quase diária: uma falha no sistema de energia. A tal falha provocou o bloqueio de uma das vias férreas no trecho entre as estações Cidade Jardim e Pinheiros. Com isso, os trens nos dois sentidos precisaram alternar a passagem pelo trecho. As linhas da CPTM registram problemas há meses. Para ficar só nos mais recentes, na 4ª feira da semana passada uma falha em um trem prejudicou a circulação na Linha 8 – Diamante por cerca de duas horas. Uma via também ficou interditada e os trens precisaram alternar a passagem. Apagão também no metrô Na 2ª feira, também da semana passada foi a Linha 9- Esmeralda que teve o tráfego afetado por queda de energia.No dia 30 de maio falhas prejudicaram a circulação nas Linhas 9 – Esmeralda e 12- Safira. No dia 29 foi nas linhas 9 – Esmeralda e 7- Rubi. E por aí vai, quase diariamente… Na manhã de sábado pp.(09.06), o metrô da capital apresentou problemas e por boa parte da manhã circulou com lentidão e maior espaço de chegada e partida entre uma estação e outra na Linha Norte-Sul (Jabaquara-Tucuruvi). Não tem paralelo a extraordinária capacidade do governo tucano (há quase 30 anos á frente da gestão do Estado, portanto responsável pelo metrô e pela CPTM) de não fazer nada e de se apoiar na omissão da mídia com relação a sua incompetência e incapacidade de reorganizar o sistema de transporte de massas da Grande São Paulo. Só a turma do escracho para resolver Onde estão o Ministério Público Estadual (MPE), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), a Assembleia Legislativa, e demais órgãos de fiscalização que têm o dever de cobrar ante um descalabro desses? A continuar assim, só mesmo chamando a turma do escracho, o pessoal do Movimento Levante Popular Jovem (que acampa em frente a residências e locais de trabalho de torturadores e demais criminosos na ditadura para escrachá-los) para por um fim nessa impunidade tucana. Fonte: Blog Zé Dirceu

Debate Mobilidade Urbana: Os Desafios do Grande ABC

Os Deputados Estaduais do PT Ana do Carmo, Donisete Braga e Carlos Grana realiza um debate sobre a Mobilidade Urbana do Grande ABC em Santo André. Os pontos que serão falados no Debate: VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) = A região conquista uma nova opção Bilhete Único Metropolitano = Integração física e tarifária Transporte Ferroviário = Qualidade e demandas Trânsito = Planejamento e ação conjunto Serviço: Data: 18/06 (Segunda-feira) Hora: 19 horas Local: Câmara Municipal de Santo André

Momento PAC: TV NBR passa a exibir vídeos da TV PAC

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O OCASO DAS FERROVIAS - DA MADEIRA-MAMORÉ À TRANSAMAZÔNICA

Do Observadores Sociais Por Cléber Sérgio de Seixas O trabalhador interrompe por um momento sua atividade para contemplar a deslumbrante paisagem. Enxuga o suor da testa, gira sobre si mesmo, apoiando-se sobre a ferramenta de trabalho e olha em volta. A visão é de encher os olhos, a natureza é superlativa em todos os sentidos, porém o verde intenso da floresta pode não ser o da esperança. Ouve-se o silvo do vento entre as árvores, que o operário logo interpreta como sendo a selva tentando dizer que tanto ele quanto seus companheiros são intrusos ali e, portanto, devem ir embora. O som de um apito metálico quebra a calmaria e diante do homem surge um colossal cavalo de aço que, impulsionado pelo vapor, desliza elegantemente sobre barras metálicas paralelas. Os sons da natureza e da modernidade, assim, se misturam. O cansado operário, agora confuso, não sabe se deve dar ouvidos às advertências de uma ofendida e potencialmente vingativa natureza ou aos sons do progresso, que carregam promessas de dias melhores ou, pelo menos, salário no bolso no fim do mês, condição para a subsistência sua e de seus familiares. A cena descrita acima bem que poderia ter sido protagonizada por quaisquer dos trabalhadores envolvidos na construção da ferrovia Madeira-Mamoré. A hercúlea obra de engenharia do início do século passado contou com a participação de milhares deles, oriundos de vários países, cuja saga, tempos atrás, foi tema de uma minissérie da TV Globo. Esses homens que doaram à construção da ferrovia seu sangue, seu suor e suas lágrimas, tiveram como adversários doenças tropicais como a malária e o beribéri, investidas de índios arredios, calor causticante, chuvas torrenciais, terrenos pantanosos e alagadiços, além de péssimas condições de higiene. Dizia-se na época que morrera um trabalhador para cada trilho assentado nos seus quase 370 km de extensão. Era natural, portanto, associar adjetivos mórbidos à controversa ferrovia: Ferrovia Fantasma, Ferrovia da Morte e Ferrovia do Diabo, entre outros. Com a expansão da indústria automobilística, o precioso produto da seringueira passou a ser cobiçado no mercado internacional. Um dos motivos da construção da Madeira-Mamoré era o escoamento da produção da borracha brasileira e boliviana, num período conhecido como Ciclo da Borracha, época na qual as regiões de Belém e Manaus ganharam ares de modernidade. Um dos fatos marcantes desta fase de opulência foi a construção do Teatro Amazonas, cuja inauguração teria contado com a presença do tenor Caruso e da bailarina Ana Pavlova. Terminado o Ciclo da Borracha a ferrovia foi aos poucos sendo abandonada, até sua desativação definitiva em 1972, quando o regime militar estava envolvido no que viria a ser outro fiasco: a construção da rodovia Transamazônica que, diziam, iria “ligar o nada a lugar nenhum”. Num país que teima em priorizar o transporte rodoviário, com todas as suas desvantagens em relação ao ferroviário, as ferrovias têm sido descartadas gradativamente, num processo que pode ter se iniciado durante os anos JK. As poucas que ainda sobrevivem são, em sua maioria, caminhos através dos quais nossas riquezas escorrem para o exterior. O jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano expõe assim a questão: "as vias férreas não constituíam uma rede destinada a unir diversas regiões interiores entre si, mas conectava os centros de produção com os portos. O desenho coincide ainda com os dedos de uma mão aberta: desta maneira, as ferrovias, tantas vezes saudadas como estandartes do progresso, impediam a formação e o desenvolvimento do mercado interno". As mãos abertas – abertas até demais - fazem com que o destino das ferrovias brasileiras seja atrelado ao das mercadorias que transportam. Estão fadadas a existir somente enquanto cumprirem sua função de espoliação, não tendo sido desenhadas visando o incremento do comércio interno ou para promover a ligação entre regiões, fomentando, assim, o desenvolvimento. É surreal constatar que um meio de transporte menos poluente, mais barato, mais seguro e mais eficiente foi jogado para escanteio pela política nacional de transportes. Contudo, compreende-se o fenômeno quando se atesta que atualmente o norte das ações das empresas envolvidas no transporte ferroviário (exemplo: Vale do Rio Doce, vulgo Vale) não são as demandas sociais por transporte de qualidade ou mesmo eficiência no transporte de mercadorias e sim, e tão somente, o lucro. A privatização da Rede Ferroviária Federal foi a última pá de cal sobre nosso sistema de transporte sobre trilhos. Podemos supor que há um lobby das montadoras de veículos, aliado aos interesses da indústria petroquímica, cooperando para que o transporte ferroviário nacional permaneça sucateado. Da privatização pra cá só sobraram algumas linhas férreas cuja especialidade é transportar minérios, sobretudo minério de ferro. Quanto ao fluxo do transporte de mercadorias e passageiros, o modal ferroviário não se compara, em quantidade, ao rodoviário. Os trens de passageiros se contam nos dedos. Os que restaram, em sua maioria, são aqueles trens a vapor que propiciam passeios culturais, bucólicos e de curta duração a preços exorbitantes, como é o caso do trem que vai de Ouro Preto a Mariana: 30 reais – ida e volta - cobrados para percorrer 17,5 Km de percurso. Uma das poucas exceções de peso é o trem que faz a linha Vitória-Minas, com poucas saídas semanais - o que é praticamente simbólico diante do que seria o ideal nesse nosso país populoso e de dimensões continentais. Enquanto isso o povo brasileiro paga caro para viajar de ônibus em péssimas estradas que não oferecem mínimas condições de segurança, além de consumir mercadorias caras que têm embutidos na formação de seus preços os absurdos custos dos fretes rodoviários. O drama humano e econômico da Madeira-Mamoré pode, portanto, simbolizar o apogeu e o ocaso das nossas antes tão gloriosas ferrovias. Para nosso consolo, vem aí o trem bala Rio-São Paulo. Esperamos que saia do papel e que não seja uma experiência que só foi levada a cabo por obra e graça de uma Copa do Mundo.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Rio inaugura o seu 1º BRT, os ‘Ligeirões

Foto: J.P. Engelbrecht Uma viagem inaugural, na manhã desta quarta-feira (6), dá a partida no funcionamento do primeiro corredor BRT (Bus Rapid Transit) do Rio de Janeiro, na Zona Oeste. Entre os passageiros, além de convidados e a imprensa, estarão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Sérgio Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Somente depois dessa viagem é que o BRT será aberto ao público. Inicialmente, apenas nove estações vão estar funcionando, entre Guaratiba e Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. São elas: Pingo d’Água, Pontal, Recreio Shopping, Nova Barra, Gelson Fonseca, Pedra de Itaúna, Riomar, Novo Leblon e Alvorada. Nesta primeira etapa, os ônibus vão circular das 10h às 15h. Os passageiros poderão usar o BRT e um ônibus convencional pagando o preço de uma passagem, R$ 2,75, desde que façam a integração em até duas horas. Quem usar o BRT e um ônibus intermunicipal pagará R$ 4,95, utilizando o Bilhete Único, como mostrou o RJTV. Posteriormente, também haverá integração de passagens com as novas linhas alimentadoras que serão criadas e também com os trens. Segundo o prefeito Eduardo Paes, esta primeira fase é de implementação do projeto, um período para que a população se adapte ao transporte e para que possíveis falhas sejam corrigidas. “O processo será implementado aos poucos, é uma coisa nova, um momento de testes com os passageiros. É uma mudança completa na vida das pessoas”, explicou o prefeito, destacando que a implementação da primeira etapa da Transoeste será totalmente concluída em dois meses. Na fase experimental, a frota será de 11 ônibus articulados, que funcionarão de segunda a domingo. Até o final de agosto, o BRT estará funcionando 24 horas por dia com uma frota total de 91 veículos, de acordo com a Prefeitura. Ligeirões Os Ligeirões, como foram apelidados os ônibus articulados que vão trafegar nas vias exclusivas, farão a viagem sem congestionamentos, o que encurtará a viagem pela metade do tempo, levando cerca de uma hora para percorrer o trecho Santa Cruz Alvorada. Em agosto, quando estiver totalmente implementando, a Transoeste no trecho Barra-Santa Cruz, que tem 40 km de extensão, atenderá 120 mil passageiros por dia. Segundo o prefeito, o trecho Santa Cruz-Campo Grande, que foi incorporado ao projeto original somente no ano passado, deve ficar pronto em agosto de 2013. Com a conclusão de toda a obra, cerca de 220 mil pessoas serão beneficiadas por dia pelo corredor expresso terá 56 quilômetros de extensão e 64 estações. Cuidado ao atravessar Ainda de acordo com Paes, nesta primeira fase é fundamental que a população tenha cuidado e atravesse somente na faixa de pedestres, pois o BRT é um corredor expresso e funciona de forma semelhante ao metrô. “Há registros na implantação do BRT pelo mundo de um alto índice de acidentes. Por isso a nossa preocupação em inaugurar logo. A população precisa se acostumar com o transporte”, ressalta. Fonte: G1

Tráfego da Ecorodovias cresce 4% até maio

O tráfego total consolidado da Ecorodovias cresceu 4% durante os cinco primeiros meses de 2012, na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 85,8 milhões veículos equivalentes pagantes (carros de passeio somados a veículos pesados – neste caso, multiplicados pelo número de eixos). A maior alta entre janeiro e maio foi registrada pelos veículos de passeio. No segmento, 45,9 milhões unidades foram atendidas pela companhia, 4,1% a mais do que igual intervalo de 2011. Os dados foram divulgados hoje pela empresa e não foram auditados. O fluxo dos carros comerciais, por sua vez, cresceu 3,9%, chegando a 39, 9 milhões unidades, no acumulado do ano. O tráfego mais intenso continua sendo observado pela Ecopistas, que administra as rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, entre São Paulo e Rio de Janeiro. Foram 34,3 milhões veículos atendidos, acima dos 24,3 millhões da Imigrantes. Fonte: Valor Online, Por Daniela Meibak COMENTÁRIO SETORIAL E a tarifa de pedágio continua cara. Se houvesse um pedido de reequilíbrio financeiro por parte do governo Geraldo Alckmin esse aumento da produtividade poderia ser repassada aos usuários, barateando os pedágios. Mas em São Paulo as concessões foram feitas de forma que as empresas ganhem cada vez mais a cada dia prejudicando a população que além de pagar impostos estaduais altos, também paga tarifas absurdas.