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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PPA 2012-2015 - GOVERNO FEDERAL - TRANSPORTE FERROVIÁRIO



Fundamental para o desenvolvimento logístico e para uma maior integração do território

nacional, o modal ferroviário tem como característica marcante a elevada capacidade

de carga. Além de comportar grandes volumes, o modal se destaca pela eficiência

energética, quando comparado ao transporte rodoviário. Um país com a dimensão

territorial brasileira e com grandes volumes de carga agrícolas e minerais não pode

prescindir de uma alternativa logística estratégica como as estradas de ferro.


O planejamento governamental para o setor procura promover a mudança na matriz

de transportes por meio da consolidação dos seguintes eixos estruturantes: Ferrovia

Norte-Sul, Nova Transnordestina, Integração Oeste-Leste (FIOL), Integração Centro-

Oeste (FICO), Ferronorte e Ferrovia do Pantanal, aumentando a participação do modal

de 25% da matriz de transporte de cargas no país para 35% em 2025. Para tanto, é

necessário, além das construções de novas ferrovias, adequações de trechos ferroviários

(com duplicações de linhas, mudança de geometria ou compatibilização de bitolas) e

maior ordenamento do tráfego em perímetros urbanos, visando à redução do número

de acidentes (atualmente em 15 acidentes a cada milhão de quilômetros percorridos) e

melhorando a operação ferroviária.


Outra vantagem competitiva do modal ferroviário está no custo de fretes mais baixos

no comparativo com as rodovias, mas devido à fragmentação dos trechos geridos

por diferentes operadores, não há concorrência entre eles. No intuito de aumentar a

competitividade no transporte ferroviário, está sendo proposto um novo modelo para as

concessões, visando a entrada de novos usuários e a redução no custo do frete.


A malha ferroviária nacional, em 2010, chegou a 29.785 km, sendo que grande parte

está concentrada nas regiões Sul, Sudeste e no litoral nordestino. O crescimento para

os próximos anos se dará de forma a melhorar o escoamento da produção agrícola e

mineral, ampliando o acesso aos portos, viabilizando trechos inoperantes por meio de

conexões ferroviárias e expandindo o sistema em bitola de maior capacidade, sendo que

a meta para o período do Plano é a construção de 4.546 km de vias.


O transporte ferroviário também necessita de maior integração com outros modais e

também do país com os demais países da América do Sul, fortalecendo os eixos de

integração e desenvolvimento. Em 2010, o modal movimentou 818.942 toneladas de

carga entre exportações e importações com os países sulamericanos. Objetiva-se, com

o Plano, perenizar instrumentos de análise, sob a ótica logística, para dar suporte ao

planejamento de intervenções públicas e privadas na infraestrutura e na organização

dos transportes, de modo a que o setor possa contribuir para a consecução das metas

econômicas, sociais e ambientais do país, rumo ao desenvolvimento sustentável.

Atualmente, os esforços concentram-se no transporte de cargas. Em 2010, foram

transportados 435 milhões de toneladas de cargas, com previsão de atingir 530 milhões

de toneladas em 2011. O índice Toneladas por Quilometro Útil Transportadas (TKU)

é utilizado no modal ferroviário para representar sua produtividade, que é calculada

multiplicando a carga útil transportada pela distância percorrida. De 1997 a 2010, a

produtividade ferroviária cresceu 104%, chegando a 278 bilhões de TKUs no último

ano. Aliado a esse crescimento, os empregos diretos e indiretos aumentaram 131%,

atingindo 38 mil postos.


Outro importante ponto da política é o desenvolvimento do transporte interestadual de

passageiros, que, no ano de 2010, respondeu por apenas 2% da matriz. O projeto de Trens

de Alta Velocidade (TAV) pretende promover a implantação de modernas tecnologias,

voltadas para o transporte de passageiros, de forma regular, em velocidades superiores

a 250 km/h, interligando grandes centros metropolitanos tais como o de São Paulo/

SP, Campinas/SP, Rio de Janeiro/RJ, Curitiba/PR e Belo Horizonte/MG. Além dos TAVs,

estão em andamento os projetos de Trens Regionais, que visam retomar o transporte

ferroviário de passageiros em várias regiões do país, de forma regular, promovendo a

integração e a mobilidade entre os municípios, contribuindo para o desenvolvimento

regional nos trechos onde serão implantados.


Dessa forma, os esforços oriundos das ações descritas acima, aliados à manutenção

contínua – assegurando condições permanentes de trafegabilidade, segurança e eficiência

à infraestrutura ferroviária nacional –, constituem premissa fundamental no sentido de

ampliar a capacidade de cargas e passageiros transportados e permitir a redução dos

custos logísticos de transportes no país

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