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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Monotrilho do Morumbi (SP) e seus públicos


Autorizada pela Justiça de São Paulo na semana passada, a construção do monotrilho que irá ligar a Estação Jabaquara do Metrô até o Morumbi, também na Zona Sul, passando pelo aeroporto de Congonhas, é motivo de muita polêmica na região. Enquanto moradores da Vila Inah entraram na Justiça para tentar impedir a obra, quem vive em Paraisópolis comemora a perspectiva de mais transporte.


A obra ainda não começou porque um grupo de moradores moveu uma ação alegando que o projeto vai destruir a paisagem da cidade. O Metrô apresentou as licenças ambientais e garantiu que o novo transporte público irá atender 100 mil pessoas por dia. O trem de superfície que circula em trilhos suspensos é moderno e não polui o ambiente.

A Linha 17-Ouro terá 17,9 km e passará por avenidas importantes da cidade, como Vereador José Diniz, Jornalista Roberto Marinho e a Marginal Pinheiros. Ela também vai chegar a Paraisópolis e à futura Estação São Paulo-Morumbi do Metrô.

O veículo irá circular em uma via elevada e será bem mais silencioso que os outros tipos de trem. “É um sistema de transporte muito moderno, adotado em várias cidades do mundo, como Tóquio, Kuala Lampur na Malásia, e silencioso, esta é uma grande vantagem. Ele é mais barato de implantar, mais rápido, e como ele funciona, com rodas de borracha em vigas de concreto, é como um carro andando na rua, só que com motor elétrico”, afirmou Sérgio Avelleda, presidente do Metrô.

Ação


A construção, entretanto, divide opiniões. Moradores da Vila Inah, na região do Morumbi, reclamam que o monotrilho vai passar por ruas estreitas e até por parte do Cemitério do Morumbi. Eles também afirmam que poucas pessoas serão beneficiadas.

“É totalmente errado. Não existe necessidade de você sair do aeroporto e ir direto para um estádio, ou então sair do aeroporto e passar no cemitério. Nós nunca vimos um negócio desses”, disse Rosa Richiter, presidente da Associação dos Moradores do Jardim Sul.

“Esse trecho todo, fosse Metrô subterrâneo, nós teríamos ao invés de pilares, vigas, nós poderíamos ter árvores e copas de – árvores, áreas permeáveis, e não agredindo tanto a cidade”, afirmou a arquiteta Áurea Mazzetti.

No final do ano passado os moradores da Vila Inah recorreram à Justiça para impedir a construção do monotrilho. Eles alegaram que o Metrô não tinha feito um estudo de impacto ambiental na região, ou seja, não sabia os prejuízos que poderiam ser causados com a obra.

A Justiça concedeu uma liminar e a obra não começou. O Metrô recorrer uma primeira vez, mas perdeu. Na segunda, apresentou as licenças ambientais. Foi quando a Justiça autorizou a obra.

O primeiro trecho deve começar a funcionar em 2014. A notícia animou quem vive em Paraisópolis. “O monotrilho representa uma revolução no que diz respeito ao transporte público na nossa região. Vem atender uma demanda importante da nossa região, que é garantir a integração dos bairros à cidade de São Paulo”, afirmou Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores de Paraisópolis. “O que importa é o benefício que está trazendo para a população”, disse a balconista Luanna de Melo.

G1 - 06/07/2011

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