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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Caos aéreo nos Estaods Unidos? Divergência política paralisa agência de aviação


Dezenas de obras em aeroportos estão suspensas nos Estados Unidos e milhares de servidores estão parados porque o Congresso não aprovou a legislação necessária para manter a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), o órgão regulador dos transportes aéreos, em operação, disse ontem o secretário dos Transportes, Ray LaHood.


As prerrogativas operacionais da FAA expiraram à meia-noite de sexta-feira, levando ao fechamento parcial do órgão. Foram emitidas no fim de semana dezenas de ordens de paralisação de projetos de construção, modernização de torres de controle, bem como melhorias. Muitas das obras visam aumentar a eficiência do tráfego aéreo e reduzir congestionamentos.

Em teleconferência com jornalistas, LaHood conclamou os parlamentares a aprovar rapidamente a legislação para reiniciar as obras suspensas. Mas tudo indica que haverá um período de interrupção prolongado.

O republicano John Mica, da Flórida, presidente da Comissão de Transporte e Infraestrutura da Câmara dos Deputados, disse não haver negociações entre a Câmara e o Senado para solucionar o conflito, e os líderes republicanos na Câmara estão irredutíveis. “Não tenho a menor ideia de quando reabriremos a FAA”, disse Mica.

Os controladores de tráfego se mantiveram a postos, bem como funcionários da FAA encarregados de vistoriar aeronaves e pilotos. Mas os poderes das companhias aéreas de cobrar impostos federais sobre as passagens expiraram, o que custa à FAA cerca de US$ 30 milhões ao dia em receita, disse Randy Babbitt, diretor da FAA.

Esse dinheiro vai para um fundo fiduciário da aviação, que “tem um saldo saudável atualmente, mas será consumido num ritmo razoavelmente acelerado” se o Congresso não tomar medidas, disse ele.

Quase 4 mil funcionários da FAA, que são pagos com recursos desse fundo, receberam licença.

Cerca de US$ 2,5 bilhões em dotações federais para a construção de aeroportos não podem ser processados porque os funcionários que gerenciam essas dotações estão em licença.

Isso suspendeu os projetos de construção. “Isso simplesmente vai desacelerar nossa capacidade de expansão para atender às crescentes demandas por tráfego”, disse Babbitt.

Estavam previstas para começar no sábado, por exemplo, as obras de um projeto de US$ 6 milhões de demolição de uma torre de controle no Aeroporto de LaGuardia, em Nova York. Mas a construtora Paul J. Scariano demitiu 40 trabalhadores encarregados do projeto, e o trabalho ficou pela metade. Obras similares em diversos aeroportos também foram suspensas.

Barnes disse que os trabalhadores da construção não receberão enquanto houver o impasse.

Também está suspensa a aprovação para que os aeroportos recebam a nova geração de jatos de passageiros de porte supergrande, inclusive a autorização para que os aviões Boeing 747-800 comecem a operar em San Francisco, Chicago, Houston, Newark, e Huntsville, segundo a FAA.


Os poderes de financiamento de longo prazo da FAA expiraram em 2007. Incapaz de entrar em acordo em torno de uma nova legislação, o Congresso manteve a FAA em operação por meio de uma série de 20 projetos de lei de prorrogação de curto prazo.

O Senado aprovou um projeto de lei de longo prazo em fevereiro, e a Câmara sancionou uma versão diferente em abril.

Os parlamentares resolveram a maior parte das diferenças entre as propostas, mas não avançaram em outros pontos. Estão entre suas principais diferenças os subsídios ao serviço aéreo destinado a comunidades rurais e a proposta republicana que dificulta a sindicalização dos trabalhadores do setor.

Fonte: Valor Econômico, Por Joan Lowi
Associated Press

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