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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Frota de São Paulo ultrapassa marca dos 7 milhões de veículos

Fernando Mendonça

Do UOL Notícias

Em São Paulo

São Paulo, maior metrópole do Brasil e entre as 10 mais populosas do planeta, entrou o mês de abril com uma nova marca, no figurino de seu porte urbano: quebrou a barreira dos 7 milhões de veículos emplacados na cidade.

Segundo o Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo), que controla os números do trânsito

Segundo os números do Detran-SP divulgados no final da tarde desta segunda-feira, compõem a frota da cidade de São Paulo 5.124.568 carros, 889.164 motos, triciclos e quadriciclos, 718.450 micro-ônibus, caminhonetes e utilitários, 158.190 caminhões e 42.367 ônibus.

Esse legítimo formigueiro de carros permite que sejam feitas algumas comparações. Por exemplo, se hoje cada paulistano proprietário de um veículo decidisse doá-lo a um morador do Rio de Janeiro, segunda maior cidade do país, o trânsito melhoraria, mas ainda sobrariam carros nas ruas de São Paulo.

Com quase 6 milhões de habitantes, o Rio de Janeiro receberia apenas parte da frota paulistana. Ficariam sem motorista 1 milhão de veículos, que poderiam ser entregues, por exemplo, aos moradores de Campinas, segunda cidade mais importante do Estado.

A frota da capital paulista seria suficiente, ainda, para estacionar dois veículos na garagem de cada um dos quase 3,5 milhões de habitantes do vizinho Uruguai - um país inteiro com automóveis emplacados em São Paulo.

Em vez de doados, se os 7 milhões de veículos paulistanos saíssem em comboio de fila única para um giro de norte a sul pelo Brasil, eles subiriam no mapa até Fortaleza, desceriam até Porto Alegre e depois voltariam para São Paulo cinco vezes.

Mas os 7 milhões de veículos não estão no Rio nem em Campinas nem fazendo fila pelo país, eles estão em São Paulo. São automóveis, utilitários, caminhões, ônibus e motos dividindo entre si palmo a palmo os cerca de 17,4 mil quilômetros de ruas e avenidas que formam a extensa, complexa e nem sempre eficiente malha viária da metrópole.

O crescimento acelerado da frota paulistana não é de hoje, vem sendo observado desde o início da década passada. Foi iniciado em 2001, com 3,49%. Em 2007, registrou 5,36%, passou a 6,54% em 2008 e, em 2009, bateu o recorde. Naquele ano, cresceu 6,79%.

Aproximadamente 406 mil novos veículos receberam as boas vindas de ruas e avenidas de São Paulo em 2009. É como se tivessem saído das revendas mais de 1.100 carros, motos, caminhões, utilitários e ônibus em cada um dos 365 dias do ano.


Era Lula: apoteose

As razões para essa explosão sobre rodas são conhecidas: começou com a abertura do mercado a novas montadoras na era Collor, no início da década de 1990, vitaminou-se com a estabilidade econômica proporcionada pelo Plano Real da era FHC e atingiu a apoteose com os recentes incentivos fiscais (redução do IPI, imposto sobre produtos industrializados) e financeiros (parcelamento em até 60 meses) da era Lula.

O brasileiro, hoje, vai de carro. E o paulistano, ainda mais. Pelo último censo do IBGE (2010), a população de São Paulo é de 10,9 milhões de habitantes. Na ponta do lápis, é como se cada família paulistana de três pessoas – pai, mãe e filho – abrigasse dois carros na garagem.

O carro transforma-se, assim, quase um integrante da família, com todas as vantagens e desvantagens encontradas em relações tão próximas.

Ao longo dos próximos dias, o UOL Notícias irá produzir uma série de reportagens que irão mostrar os impactos do trânsito na vida da cidade e dos cidadãos.

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