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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Rotas ferroviárias de carga poderão receber trens de passageiros

Com a definição de novas regras para operação das linhas férreas, surgirá a possibilidade de se expandir o transporte de pessoas

Matéria publicada em 2010 no IG




Linha férrea de transporte de passageiros entre Vitória e Belo Horizonte, operada pela Vale


O governo federal vai definir no próximo ano as normas necessárias para que sejam instituídas no Brasil redes de transportes de passageiros. Na sexta-feira, um pacote de medidas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi colocado em consulta pública e, quando aprovado, será o passo inicial para um ambiente mais competitivo nas ferrovias. Embora o foco principal das medidas tenha sido o transporte de cargas, elas abrem possibilidades para a expansão das operações com passageiros, que posteriormente também vão ganhar novas regras.

Entre as normas colocadas em consulta na sexta-feira, uma evita que as empresas detentoras das concessões neguem que outra empresa circule com seus vagões nas suas linhas. Além disso, a agência passará a permitir a criação de empresas que operem unicamente com vagões próprios em redes de outras companhias, explica Bernardo Figueiredo, diretor-geral da ANTT. Ficará mais viável, por exemplo, para uma empresa oferecer transporte de pessoas, sem ter de investir em novos trilhos.

As linhas construídas recentemente no país, ou ainda em obras, têm estrutura que permite tanto a circulação de trens de carga quanto a circulação de trens com pessoas. Segundo técnicos ferroviários, enquanto um trem viaja a velocidade de 80 quilômetros por hora (km/h) carregado de carga nessas ferrovias novas, de bitola larga, será possível que trens de passageiros façam viagens a até 200 km/h.


Estão entre as linhas construídas com capacidade de abrigar vagões de passageiros as ferrovias Norte Sul, Oeste-Leste (Fiol), a Centro-Oeste (Fico), Nova Transnordestina e todas as demais inseridas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e no PAC2.

No PAC 1 e no PAC 2, são mais de 10 mil km de ferrovias em construção, que poderão se somar aos 28 mil km já instalados no país. Porém, dos 28 mil km de linhas férreas que o Brasil possui hoje, apenas cerca de 10 mil km têm aproveitamento razoável – com mais de um trem passando por dia – e dos 18 mil restantes, praticamente a metade não é utilizada hoje, segundo Figueiredo.

Mas as regras novas apresentadas na sexta-feira buscam, principalmente, elevar o uso da malha já existente. A meta inicial é aumentar esse uso pelo transporte de cargas, mas, em 2011, serão debatidos estímulos para o transporte de passageiros. Segundo Figueiredo, as concessionárias não poderão negar a operadores interessados em transportar passageiros o uso da infraestrutura existente.

Encerradas as obras do PAC 2 e com os trens de passageiros em operação, poderá ser possível por exemplo, viajar de Lucas do Rio Verde (MT) até o porto de Itaqui, no litoral do Maranhão. Ou de Anápolis (GO) até o porto de Suape, que fica perto do Recife (PE).

A ANTT deverá discutir a partir de 2011 novas regras para prever padrões de qualidade mínimos e regular as tarifas de operação dessas companhias que oferecerão transporte de pessoas.

Uma linha que pode ser construída exclusivamente para passageiros no futuro próximo é o ramal entre Goiânia (GO) e Brasília (DF), que também se conectaria à ferrovia Norte Sul. O projeto ganhou apoio recente de parlamentares e do governador eleito do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

Só a Vale transporta passageiros hoje

Hoje, a única empresa a transportar passageiros regularmente no país - exceto trens turísticos - é a Vale, nas linhas da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), entre Vitória (ES) e Belo Horizonte (MG), e na linha que liga a mina de Carajás ao litoral maranhense.

Na EFVM, a Vale transporta cerca de 1,3 milhão de passageiros por ano, tendo a linha 106 anos desde construída e 905 quilômetros de extensão. A ferrovia é exemplo de linha que opera tanto cargas quanto passageiros, com estações e terminaiis para ambos os perfis.

Uma pesquisa realizada pela Vale entre os passageiros da EFVM no mês passado revelou que 70% deles andam no trem por turismo, 15% por motivos profissionais e 10% por motivos de saúde, para se tratar em outra cidade, por exemplo. Mais de um terço dos usuários prefere o trem a outros meios de transporte por conta do preço das passagens, abaixo das demais alternativas. Segurança e conforto são outros fatores que mais pesam na escolha do trem.

Trens turísticos também têm projeto

O Brasil tem também em curso um projeto para revitalização de trens turísticos e culturais. Instituído em fevereiro. Hoje, existem 20 trens destinados ao turismo no país, operando em oito Estados. Entre 2004 e 2009, o Ministério do Turismo investiu R$ 17 milhões em projetos de turismo ferroviário.

Entre as linhas turísticas existentes no país estão a ferrovia Centro-Atlântica (MG), o trem do Pantanal, no Mato Grosso do Sul, e a ferrovia que liga Ouro Preto a Mariana (MG). O governo federal possui hoje um Grupo de Trabalho de Turismo Ferroviário, que envolve Ministério dos Transportes, Ministério do Turismo e suas autarquias.

3 comentários:

  1. O rendimento de um motor Diesel é no máximo 47% contra 96,4 % para um motor elétrico de potência acima de 370 kW, o que significa um rendimento de um motor elétrico é no mínimo o dobro de um motor Diesel além de ocupar um volume menor, podendo ser colocado no truque, entre as rodas.
    Quanto á utilização de composições Diesel para trens de passageiros regionais, ela poderia ser utilizada como alternativa, porem não como regra, exceto nas cidades onde não possuem alimentação elétrica em 3kVcc, o que não é o caso dos trechos SP-RJ-MG, entre outras.
    Uma das maiores vantagens, (Se não a maior), é o fato de que alguns meios de transportes, como correias transportadoras, elevadores, trens, bondes e metro, recebam de fonte externa, a alimentação elétrica necessária para sua movimentação, sem que tenham que carregar juntos consigo as fontes, como acumuladores ou combustível, o que os tornam imbatíveis no seu gênero.
    Trens de passageiros regionais são complementares, e não concorrentes, pois servem a cidades não contempladas pelo futuro TAV, inclusive Campinas com mais de 1,2 milhões de habitantes e potencial maior do que alguns estados, e muitas capitais do Brasil, portanto comporta os dois modelos.
    Com relação ao trem expresso-TAV com duplas linhas novas exclusivas com 2 x 513 km que se pretende implantar no Brasil entre Rio e Campinas, existem duas opções com relação a alimentação elétrica em uma mesma composição, o que as tornam “flex” segundo folder de comparação de equipamentos propostos pela “Halcrow”, 25 kVca, ou 3 kVcc, esta segunda é a alimentação padrão dos trens suburbanos e locomotivas elétricas e algumas linhas do metro, ambas via uso de catenária / pantografo, exatamente igual a brasileira, ou seja podendo utilizar a estrutura auxiliar existente, como pátios, oficinas, garagens, e equipamento de manutenção de vias comuns, uniformizando a bitola dos trens suburbanos, expresso, metro e TAV em 1,6 m.
    Pelo proposto as mesmas composições atenderiam de imediato aos trens regionais planejados nas maiores cidades brasileiras ~150km/h utilizando alimentação elétrica existente em 3,0 kVcc, a curto prazo, já dando a diretriz quando fossem utilizadas no TAV, aí utilizando a tensão e corrente elétrica de 25kVca, com velocidade max. de 250 km/h, uma vez que já foi determinado pela “Halcrow” velocidade média de 209km/h previsto para o ano de 2020, se não atrasar como a maioria das obras do PAC, ou seja longo prazo, este modelo é inédito no Brasil, porem comum na Europa.
    O fato de trens regionais e TAV serem de operações distintas não justifica que não tenham que se integrar, pois seria um contra senso.
    No mínimo três das montadoras instaladas no Brasil tem tecnologia para fornecimento nesta configuração, inclusive os pendulares Acela e Pendolino com alta porcentagem de nacionalização.
    As bitolas existentes para trens de passageiros e Metrô nas 7 principais capitais e cidades brasileiras já são em 1,6m, e que o Metro Rio que tinha dúvidas linha 4 prevista operação para 2015, confirmou que será igual as existentes de trens e metro linhas 1 e 2, ou seja optou pela uniformização, em uma atitude de bom senso restando somente as linhas 4 e 5 do Metro-SP e os menos de 7 km do metro de Salvador-BA iniciado em 2000 em 1,43m, e que não foi montado até março de 2013 com o pagamento de aluguel de ~R$80.000,00 mensais para ficar armazenado sem utilização desde a época de sua entrega ~6 anos, pois foi especificado, de forma que não pode ser emprestado para outras capitais, pois foi concebido de forma divergente dos existentes no Brasil, enquanto aguarda a conclusão das obras.

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  2. ”Alternativa tecnicamente melhor entre Anápolis-GO e Panorama-SP de expansão e trajeto da ferrovia Norte Sul EF-151.”

    1ª fase Interligar a ferrovia N/S em GO com a FCA existente passando pelas cidades de Araguari, Uberlândia, Uberaba-MG que hoje se encontram operando somente em bitola métrica, com a implantação de bitola mista, até o ponto que se encontram com a bitola larga em Campinas-SP.

    2ª fase Interligar em linha paralela com a N/S passando por Anápolis, Itumbiara-GO, Monte Alegre de Minas, Prata e Frutal-MG e adentrando pelo centro norte de SP na cidade de Colômbia, e seguindo por Barretos, Bebedouro, Jaboticabal, até Araraquara -SP, por uma ferrovia existente já em bitola 1,6 m, ambos os trajetos (fases) como função de linhas troncos.

    Fica aí já definida uma potencial rota para trens regionais de passageiros de médio e longo percurso São Paulo - Brasília, passando por muitas destas cidades citadas entre outras, além de um trajeto coerente para cargas, (dupla função) com o fator de sazonalidade igual a zero.

    Ligação MG com o porto da Bahia utilizando parte de trechos desativados no passado.

    Ramal de ligação do município de Lucas do Rio Verde-MT a Uruaçu-GO interligando com a N/S.

    Ramal de ligação de Bacarena / Belém-PA a Açailândia / São Luís-MA ~450 km interligando com a N/S, para navegação de cabotagem EF-151.

    Ligação de Porto Murtinho-MS a Panorama-SP ~750km e a partir daí interligando com a N/S, pelo interior de São Paulo até Colômbia por ferrovia existente com a N/S, EF-151.

    Não coloquei como prioridade 0ª fase a urgência da entrada em operação do trecho pronto da N/S que de tão obvio se torna um absurdo estas providencias.

    A maior parte destas propostas é a de se utilizar ao máximo os trechos ferroviários existentes que se encontram desativados ou subutilizados, e os trechos novos complementares se limitam a;

    1-Ligação fer. N/S Anápolis / Itumbiara-GO Colômbia-SP ~350 km.
    2-Ramal de ligação do município de Lucas do Rio Verde-MT a Uruaçu-GO interligando com a N/S.
    3-Ramal de ligação de Bacarena-PA ao Açailândia-MA ~450km para navegação de cabotagem interligando com a N/S.
    4-Ligação de Porto Murtinho-MS a Panorama-SP ~750km interligando com a N/S, EF-267 pelo interior de São Paulo por ferrovia existente, que já se encontram interligadas com a N/S em Araraquara.

    Notas:
    Iª Com estas propostas ficam suprimidos os trechos Anápolis-GO / Estrela do Oeste –SP ~2255 km e Estrela do Oeste / Panorama-SP ~ 160 km.
    IIª Define a cidade de Panorama-SP de onde deve partir rumo ao Sul da continuação da fer. N/S.

    Este texto se complementa com o "Como conseguir 700 km de ferrovia a custo mínimo" de Paulo Roberto Filomeno

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  3. ”Trens regionais pendulares de passageiros de médio e longo percurso São Paulo-Minas-Brasília.”

    Para que possamos ter definido um trajeto para trens regionais de passageiros de médio e longo percurso São Paulo - Brasília, passando por muitas das cidades citadas abaixo entre outras, além de um trajeto coerente para cargas, (dupla função) com o fator de sazonalidade igual a zero, deveremos tomar as seguintes providências;

    1ª fase Interligar a ferrovia Norte / Sul com ramal para Brasília-DF com a Ferrovia Centro Atlântica FCA existente passando pelas cidades de Anápolis-GO, Araguari, Uberlândia, Uberaba-MG que hoje se encontram operando somente em bitola métrica, com a implantação de bitola mista ( 1,0 + 1,6 m ), passando por Ribeirão Preto, até o ponto que se encontram com a bitola larga em Campinas, aí já seguindo para Jundiaí e a capital-SP.

    2ª fase Interligar em linha paralela com a ferrovia Norte / Sul passando por Goiânia, Anápolis, Itumbiara-GO, Monte Alegre de Minas, Prata e Frutal-MG e adentrando pelo centro norte de SP na cidade de Colômbia, e a partir daí seguindo por ferrovias existentes por Barretos, Bebedouro, Jaboticabal, até Araraquara no centro de São Paulo, com bifurcação para Panorama ou para a estação Júlio Prestes na capital-SP, ambos os trajetos como função de linhas troncos.

    A maior parte destas propostas é a de se utilizar ao máximo os trechos ferroviários existentes que se estejam desativados ou subutilizados, mas que se encontram-se em regiões de grande potencial, que no passado já possuíram ferrovias a fazer parte de seu desenvolvimento, e que inexplicavelmente se encontram abandonadas, principalmente no estado de São Paulo, e o trecho novo complementar se limita a, ligação ferroviária Norte / Sul, Anápolis, Itumbiara-GO Colômbia-SP ~380 km, a maior parte em Minas Gerais. (Esta ligação tem a função de interligar na menor distância em bitola larga os pontos onde se encontram paralisadas ao Norte Anápolis-GO com a ao Sul Colômbia-SP), que hoje não existe, em um tempo, distância e custo de implantação muito inferior à proposta original, além que poderá ser utilizada como trens de passageiros.

    Notas:
    1-Fica definida a cidade de Panorama-SP de onde deve partir rumo ao Rio Grande do Sul a continuidade da ferrovia Norte / Sul.
    2-Alguns trechos entre Colômbia e Panorama-SP se encontram em estado precário, ou erradicados, portanto devem ser refeitos.

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