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sexta-feira, 11 de março de 2011

Protesto contra aumento do ônibus chega à casa de Kassab

A crítica é à falta de disposição de Kassab para receber os ativistas contrários aos R$ 3 cobrados dos passageiros de ônibus. Mas, nesta quinta-feira (10), o prefeito não poderia recebê-los para um café em sua casa nem se quisesse. Ele está em Paris, na França, onde participa de uma feira internacional. Só volta neste sábado (12).

Por Imprensa PT-SP, com Rede Brasil Atual

Sexta-feira, 11 de março de 2011

 
Foi pela nona quinta-feira consecutiva que ativistas críticos ao reajuste do ônibus em São Paulo foram às ruas. Os manifestantes não consideram este o nono protesto, por ter um caráter diferente, mais restrito e pontual, voltado totalmente à figura de Gilberto Kassab (DEM), prefeito da cidade.


Essa perspectiva, aliada ao feriado do carnaval, fez a marcha ter um tamanho bem menor do que nas semanas anteriores. As 150 pessoas presentes partiram do Shopping Iguatemi, no bairro de Pinheiros, zona oeste, para uma "visita" inusitada. O destino era justamente o condomínio onde mora Kassab.

A crítica é à falta de disposição de Kassab para receber os ativistas contrários aos R$ 3 cobrados dos passageiros de ônibus. Mas, nesta quinta-feira (10), o prefeito não poderia recebê-los para um café em sua casa nem se quisesse. Ele está em Paris, na França, onde participa de uma feira internacional. Só volta neste sábado (12).

Segundo informações da Polícia Militar, cerca de 150 manifestantes compareceram no protesto pacífico. O comandante do 23º Batalhão, major Marcelo Nagy, declarou que aproximadamente 40 policiais acompanham o protesto desta quinta-feira. "Eles têm direito à manifestação, mas a polícia tem que assegurar a integridade dos manifestantes e as pessoas em geral", disse.

Murilo Rodrigues, 30, é ciclista e abandonou o carro há dois anos, mas compareceu à manifestação para apoiar a causa. "Acho um absurdo honerar transporte público deste jeito. Tem que fazer barulho mesmo, apóio. Tem que parar a cidade para ser notado", declarou.

Por que, então, fazer um protesto diante de uma casa vazia? "O objetivo do ato é mostrar que estamos atrás do diálogo, estando o Kassab em casa ou não", responde Mayara Vivian, integrante do Movimento Passe Livre, um dos grupos que promove as manifestações desde o início do ano. "A gente sabe onde ele mora e veio fazer uma visita", alfineta.

Ao final do protesto, por volta das 19h40, os manifestantes abriram alguns ônibus pela porta de trás na altura da Rebouças para que os integrantes do movimento entrassem.

Reajuste acima da inflação, falta de diálogo e violência da PM


Sem dialogar com a população, o Governo Kassab reajustou, no dia 5 de janeiro, a passagem ônibus da Capital de R$ 2,70 para R$ 3,00, aumento de 11,11%, praticamente o dobro da inflação acumulada (6,01% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O metrô foi reajustado de R$2,65 para R$2,90, um aumento de 9,43%.

Indignados com o reajuste abusivo e a falta de diálogo da Prefeitura, o Movimento Passe Livre e o Comitê de Luta contra o Aumento se organizaram contra a decisão da prefeitura. Já foram realizadas nove manifestações, que chegam a reunir de 3 a 4 mil pessoas de diversos setores da sociedade.

Durante o sexto ato, que aconteceu no dia 17 de fevereiro, os policiais usaram gás de efeito moral, spray de pimenta e tiros de borracha contra manifestantes e os três vereadores petistas que tentavam intermediar o diálogo: Antonio Donato (presidente do Diretório Municipal do PT/SP), Juliana Cardoso e José Américo.

A vereadora Juliana chegou a desmaiar durante a agressão e José Américo teve um dedo quebrado. "Estou bastante preocupada com esse governo municipal. Se eles [governo] não têm respeito com os parlamentares, imaginem com o povo!”, concluiu a parlamentar.

A bancada do PT na Câmara de São Paulo entrou com uma representação na Corregedoria da Polícia Militar do Estado para apurar a reação violenta e com um mandato de segurança, com pedido de liminar, pedindo a impugnação da planilha de custos utilizada para justificar o reajuste da tarifa de ônibus. "Notamos que há inconsistências nas planilhas apresentadas pela Secretaria de Transportes para justificar o aumento. Um exemplo é o preço do óleo diesel, que não condiz com a realidade".

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