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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Pompéo revive sonho do carro brasileiro

Conheça o triciclo que deve ser apresentado oficialmente neste ano e vendido a partir de 2011



Ricardo Tadeu




Pompéo deve ser mostrado oficialmente neste ano e começa a ser vendido em 2011Andar em um carro genuinamente nacional é um sonho de muitos. João Amaral Gurgel é o exemplo mais bem sucedido de um brasileiro que se aventurou na indústria e conseguiu manter sua marca por 24 anos. Muitos outros projetos ganharam notoriedade anos depois, mas não saíram do papel, como é o caso do carioca Obvio. Agora, o triciclo Pompéo quer mudar esta história com um projeto focado nos grandes centros urbanos e antenado a sustentabilidade. “Nosso planejamento estratégico está focado no futuro da mobilidade. Procuramos integrar o transporte de massa ao individual”, explica Carlos Motta, um dos criadores do Pompéo.




A idéia é que o carro seja totalmente elétrico, utilizando motores a bateria de íon lítio, sem emissão de poluentes. A carroceria será construída de polímeros, enquanto o chassi é de alumínio. Segundo Motta, um modelo pré-série roda em testes no sul do país, mas ainda não pode ser mostrado oficialmente e sua aparição pode acontecer no Salão do Automóvel, em outubro. “Este será o primeiro conceito. Acreditamos que, depois dele, poderemos mostrar a versão final do carro, que será vendida a partir de 2011”, explica Carlos Metzler, um dos sócios da empresa Fiel, autora do projeto.


Design do modelo tem a assinatura de Eduardo de OliveiraPara a fabricação do Pompéo, porém, são necessárias diversas parcerias, que o grupo tem levantado aos poucos. O projeto conta com apoio do Parque Tecnológico de Itaipu no seu desenvolvimento, além da Alcoa, que tem dado todo suporte de ferramentas para o projeto. Por fim, a Weg auxilia no desenvolvimento do motor e inversor do carro, que serão elétricos. “Este é o futuro da indústria e está alinhado ao nosso plano de sustentabilidade”, conta Metzler.



Utilização de três rodas gera economia de 25% em pneus, rodas e freiosA explicação para as três rodas é dada por Renato Pompéo, outro criador do carro: “Atingimos uma economia de 25% em pneus, rodas, freios e outros itens. Além disso, por ter três rodas, o carro ocupa menos espaço, facilita a estabilidade e também ajuda no design. Nossos testes estão comprovando a idéia. Esperamos nos consolidar antes que os grandes criem coragem de ousar”.Porém, recentemente, alguns projetos de três rodas mostraram ser inviáveis. É o caso de modelos como o norte-americano Aptera e o conceito Hybrid-3, da Peugeot, que ainda não emplacaram. Outro exemplo é o Carver One, que chegou a ser vendido, mas com alto custo, teve sua produção interrompida.



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O design do Pompéo também chama a atenção pela irreverência e praticidade. Desenhado pelo trio, o carro foi aperfeiçoado pelo designer Eduardo de Oliveira, que ficou famoso na internet por projetar carros baseados em clássicos nacionais. A dianteira não é tão ousada e as projeções revelam uma enorme boca no para-choque dianteiro, além de faróis de milha. Atrás, devido ao uso de apenas uma roda, o desenho é arrojado.



A fabricação do Pompéo deve ocorrer no estado do Paraná, onde está sendo estudada a criação de uma fábrica. Caso tenha incentivos e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) custo zero, o Pompéo chegará ao mercado em uma faixa de preço entre R$ 20 mil e R$ 30 mil”. Caso contrário, o modelo teria seu preço elevado para R$ 40 mil. “Este preço também irá variar com a quantidade de equipamentos, autonomia e desempenho”, pontua Carlos Motta. E Metzler aproveita para ir mais longe: “Temos grandes projetos para o Pompéo. Um deles é disponibilizar o carro para locação em todas as cidades-sede da Copa de 2014”, finaliza. Se continuar neste ritmo, a chance do brasileiro andar, novamente, em um carro de seu país, é grande.



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