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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

BNDES prevê alta de 37% em infraestrutura




22/02/2010 - Valor Econômico

Um mapeamento do Banco Nacional Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre os investimentos em infraestrutura no país mostra que quatro setores - energia elétrica, telecomunicações, saneamento e logística - têm perspectiva de investir R$ 274 bilhões entre 2010 e 2013. O montante representa crescimento de 37,3% em relação aos R$ 199 bilhões que esses setores investiram de 2005 a 2008. O crescimento médio previsto é de 6,5% ao ano. Apesar do cenário positivo, o BNDES reconhece que os desafios para sustentar a expansão do investimento serão maiores do que os enfrentados nos últimos anos.

A existência de grandes projetos de infraestrutura demandará novos aperfeiçoamentos no marco regulatório, assim como mecanismos estáveis de financiamento de longo prazo, com atuação integrada de bancos públicos e privados e mercado de capitais, escrevem os economistas do BNDES Gilberto Borça e Pedro Quaresma. Os dois assinam o trabalho sobre as perspectivas de investimento na infraestrutura 2010-2013, que faz parte da próxima edição da Visão do Desenvolvimento, publicação da área de pesquisas econômicas do banco.

Fernando Puga, chefe do departamento de acompanhamento econômico e operações do BNDES, disse que existem fatores críticos que podem prejudicar o investimento esperado. Ele afirmou que é preciso avançar na regulação para concessão de portos e rodovias e nos licenciamentos ambientais no setor de energia elétrica. Disse que é preciso garantir uma melhor coordenação entre as esferas públicas na área de saneamento.

Puga e Gilberto Borça avaliaram que os investimentos em infraestrutura não foram tão afetados como os investimentos industriais na crise financeira pelo fato de serem projetos de longo prazo e de grande porte. É (a infraestrutura) um setor mais resiliente (elástico), disse Borça. Entre os investimentos previstos até 2013, destacam-se energia elétrica, saneamento e logística (rodovias, ferrovias e portos). Os investimentos em infraestrutura representam cerca de 10% da formação bruta de capital fixo.

Os números do trabalho foram coletados com as áreas técnicas do BNDES e representam uma fotografia da previsão do investimento em dezembro de 2009. Em um levantamento anterior, que mediu a taxa de crescimento dos investimentos em agosto de 2008, o banco previu que os investimentos em infraestrutura entre 2009 e 2012 seriam de R$ 338,5 milhões, acima dos atuais R$ 274 bilhões para 2010-2013. Puga disse que houve uma mudança de metodologia. Com a crise, passamos a ser mais exigentes na validação dos números. Antes colocávamos investimentos mapeados, agora colocamos só os investimentos firmes, explicou.

Na área de energia estão previstos investimentos de R$ 92 bilhões de 2010 a 2013, crescimento de 35,7% em relação ao realizado de 2005-2008. Entre os principais projetos considerados, estão as usinas hidrelétricas do Rio Madeira e a usina de Belo Monte. Puga disse que é possível que os dados de investimento para o setor de energia para 2013 estejam subestimados. Os investimentos previstos em energia elétrica devem garantir o atendimento da demanda mesmo que a economia cresça a um ritmo maior, disse Puga.

Ele acrescentou que a crise possibilitou aumento dos investimentos na área de saneamento por força do descontingenciamento de recursos públicos. Os investimentos em saneamento não permitirão universalizar os serviços, mas devem melhorar o grau de cobertura, analisou. Segundo ele, o Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Rio e Campinas vai significar uma mudança de patamar nos investimentos em ferrovias. Estão previstos investimentos de R$ 29 bilhões em ferrovias até 2013, sendo grande parte desses recursos correspondentes ao TAV. Os portos, embora representem apenas 5,1% dos investimentos totais projetados para o período, registram crescimento de 203% no investimento previsto em relação ao realizado em 2005-2008.

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